9 de maio de 2016
Sem categoria
Imagem Reprodução
Muito tem se falado que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) chegando ao poder com o afastamento de Dilma, uma das consequências será o enfraquecimento da Lava Jato, que investiga o crime de corrupçao na Petrobras e tem peemedebistas envolvidos, incluindo citação ao próprio político. Na tentativa de desconstruir essa tese, Temer cogista fazer seu primeiro pronunciamento à nação como presidente, após o Senado decidir sobre o provável impeachment da presidente Dilma Rousseff, garantindo a “blindagem” da operação contra eventuais pressões políticas. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, interlocutores do vice afirmam que o objetivo é tratar a Lava Jato não só como a maior ação de combate à corrupção no país, mas como um “patrimônio nacional” que precisa ser preservado e ter autonomia para prosseguir com suas apurações. A intenção com o gesto é tentar manter uma base de sustentação popular à sua gestão. Temer discutiu neste domingo (8), em São Paulo, com o publicitário do PMDB, Elsinho Mouco, a convocação de uma rede de rádio e TV para se apresentar para o país. Uma das ideias em discussão é que ele, tão logo assuma, faça o pronunciamento de quatro minutos no qual incluirá o compromisso do novo governo com a continuidade da Lava Jato. Após a conversa com o publicitário, Temer retornou a Brasília no fim da tarde, para uma série de reuniões com o núcleo de colaboradores que formará a base de seu governo.
O primeiro a chegar ao Palácio do Jaburu, nove minutos depois do anfitrião, foi Henrique Meirelles, que vai assumir o Ministério da Fazenda no provável governo peemedebista. Depois vieram Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), Romero Jucá (Planejamento) e Moreira Franco (ações de infraestrutura). Sob o risco de iniciar a gestão com o Ministério incompleto, Temer deverá optar pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, para o Ministério da Justiça, cargo considerado chave de um governo que terá de acompanhar com lupa os desdobramentos das ações judiciais que investigam corrupção em órgãos públicos. Moraes é o quarto nome da lista de opções para o cargo – os “notáveis” ex-presidentes do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto e Carlos Velloso declinaram de sondagens e, depois, a opção por Antonio Claudio Mariz de Oliveira acabou sendo descartada.