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10 de maio de 2016
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Tempo seco reduz safras e exportações de milho e soja do Brasil

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A colheita total de milho do Brasil 2015/16 foi estimada nesta terça-feira em 79,9 milhões de toneladas, ante 84,7 milhões na previsão de abril, com a seca afetando o desempenho da segunda safra do cereal e reduzindo as expectativas de exportações, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A segunda safra de milho do Brasil, a mais afetada pela estiagem de abril, foi projetada em 52,9 milhões de toneladas, versus 57,1 milhões na previsão de abril. “O clima foi o grande responsável pelo baixo desempenho da lavoura em todo o país, especialmente na região Centro-Oeste, maior região produtora do país”, afirmou a estatal em nota. Com a redução na estimativa de safra, a produção de milho cairá 5,6 por cento ante a temporada passada. A previsão da Conab confirma expectativa do mercado. No início de abril, reportagem da Reuters já relatava os problemas climáticos que poderiam prejudicar a safra de milho, com previsões meteorológicas apontando um tempo mais seco em fases cruciais para o desenvolvimento das lavouras. O volume para as exportações brasileiras de milho em 2015/16 foi estimado em 28,4 milhões de toneladas, ante 30,4 milhões na previsão de abril. Na temporada anterior, o Brasil (segundo maior exportador global) havia exportado um volume recorde de 30,2 milhões de toneladas. A Conab também reduziu sua projeção de estoques finais de milho para 5,2 milhões de toneladas, ante 7,4 milhões de toneladas na previsão anterior. O volume agora estimado para os estoques é cerca de metade do que o Brasil tinha no início da temporada e representa pouco menos de um décimo do consumo anual do Brasil. A previsão para a produção de soja também foi reduzida para 96,9 milhões de toneladas, contra 98,98 na projeção de abril. O volume projetado ainda representa um pequeno crescimento ante a safra anterior, de 96,2 milhões de toneladas, mas está abaixo das expectativas de mais de 100 milhões de toneladas no início do ciclo. “Houve atraso no plantio em diversos Estados e também veranico, o que impactou a produtividade média, inferior à safra passada”, disse a Conab, lembrando que a produção apenas não é menor ante 2014/15 em função do aumento de área. A redução de 2,1 por cento na estimativa para a soja em relação ao levantamento anterior é resultado das condições climáticas desfavoráveis no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e término da colheita na maior parte dos Estados produtores, explicou a Conab. A previsão para as exportações de soja foi levemente reduzida para 55 milhões de toneladas, ainda um recorde, ante as 54,3 milhões da safra anterior. Se a safra de soja crescerá, a produção total de grãos e oleaginosas vai recuar 2,5 por cento na comparação anual, para 202,4 milhões de toneladas. Em abril, a Conab projetava 209 milhões. A colheita de algodão, por sua vez, vai cair 7,8 por cento ante a temporada passada, para 1,44 milhão de toneladas (pluma).