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2 de janeiro de 2019
Bahia

Rui Costa toma posse como governador da Bahia

Foto Reprodução

O governador reeleito da Bahia Rui Costa (PT) e o vice João Leão (PP) tomaram posse na tarde da última terça-feira (1°), durante solenidade realizada no plenário da Assembleia Legislativa do Estado (Alba), em Salvador. Rui Costa chegou à sede da Alba, localizada no Centro Administrativo da Bahia (Cab), por volta das 15h. A solenidade começou às 15h53, sob comando do presidente da Alba, Ângelo Coronel (PSD), e terminou às 17h40. A cerimônia contou com a presença da família do governador e do vice, dos deputados estaduais e outras autoridades, como vereadores da capital baiana, representantes das Polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e do Ministério Público (MP-BA), além do Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger. Durante a solenidade, Rui Costa e João Leão fizeram os juramentos e assinaram os termos de posse. Em seguida, Rui Costa discursou. O pronunciamento teve quase uma hora de duração. Durante o discurso, o governador agradeceu o apoio da mulher e dos filhos, e chorou ao falar do pai, que morreu em 2015. No final da cerimônia, as filhas do governador, Marina e Malu, ficaram ao lado do pai. Para 2019, Rui Costa prometeu melhorias na economia, saúde, segurança pública, educação e oportunidades para os jovens baianos. O governador se comprometeu a reformular o sistema educacional no estado e acompanhar o processo de perto. No comunicado, o governador falou também sobre a recém-aprovada reforma administrativa. O projeto, que gerou polêmica com os servidores, entre outras medidas, prevê o salário do governador, de R$ 22 mil, como teto. O projeto ainda reduz quase mil cargos comissionados e extingui

“Como no primeiro mandato, precisei ajustar a máquina estadual para continuar a dar horizonte à população baiana. As medidas são fundamentais para garantir que o estado permaneça funcionando plenamente e com mais eficiência para que os avanços continuem sendo possíveis”, disse.

O governador também citou as perspectivas de relação com o governo federal, durante o mandato do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que também tomou posse na tarde desta terça.

“Eu sempre torço pelo Brasil. Em qualquer situação. Então, pelo bem do povo brasileiro, eu vou torcer pelo Brasil, para que ele encontre o seu caminho, para retomar a economia e as coisas darem certo. O que eu puder ajudar como cidadão brasileiro e como governador, farei, porque ajudando o Brasil, nós estamos ajudando os 200 milhões de brasileiros”, afirmou.

Rui Costa ainda pregou pela defesa da população menos desenvolvida economicamente.

“Hoje, mais do que em qualquer outra ocasião, faço questão de repetir que sou governador de todos, sem fazer distinção de credo, raça ou posições ideológicas. Mas, também reafirmo que meu olhar prioritário estará sempre voltado àqueles mais fragilizados, aos que mais precisam”, disse.

Após a cerimônia de posse, já na área externa da Alba, o governador passou em revista a guarda de honra, composta por cadetes e banda de música Maestro Wanderley, da Polícia Militar.

Em seguida, a guarda desfilou diante do governador e do vice, posicionados em frente à rampa de acesso da Alba. A cerimônia durou cerca de 10 minutos. Rui Costa dos Santos nasceu no bairro da Liberdade, em Salvador, no dia 18 de janeiro de 1963. O pai, Clóvis dos Santos, era metalúrgico, enquanto a mãe, a dona de casa Maria Luzia, ajudava a pagar as contas vendendo doces e fazendo faxina. Rui foi o segundo filho do casal.

A vida política começou no Polo Petroquímico de Camaçari, região metropolitana de Salvador, na década de 1980, quando, após entrar para o sindicato dos trabalhadores, passou a frequentar assembleias e a criticar as condições de trabalho da fábrica. Em 1982, se filiou ao Partido dos Trabalhadores — foi um dos primeiros integrantes do PT e uma das principais lideranças responsáveis pela organização do diretório do partido na Bahia.

Após concluir o curso de instrumentação da Escola Técnica Federal (atual IFBA), ingressou no curso de ciências sociais da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em 1983, influenciado pela efervescência do movimento sindical no Brasil, mas não se graduou, porque os horários de estudo se chocavam com os de trabalho. Anos depois, em 1993, decidiu retomar os estudos e mudar de curso. Ingressar em economia, também pela UFBA, área em que hoje é formado.

Em 1995, perdeu a mãe, que havia sido diagnosticada com câncer de mama. Dois anos depois, viveu um momento de alegria, quando nasceu o seu segundo filho, Caio — a primeira filha, Aline, nasceu em 1986.

Em 2000, foi suplente de vereador na capital baiana e, em 2004, foi eleito vereador da cidade com o maior número de votos da bancada petista. Sete anos depois, em janeiro de 2007, foi convidado pelo então governador da Bahia, Jaques Wagner, Rui assumiu a Secretaria de Relações Institucionais (Serin).

Em 2010, se elegeu como o deputado federal mais votado do PT Bahia (e em 3º lugar no estado, entre todos os candidatos eleitos), com 212.157 votos. Em 2012, se licenciou do cargo de deputado e assumiu a chefia da Casa Civil do estado, no segundo mandato de Jaques Wagner como governador.

No mesmo ano, Rui se casou com Aline Peixoto, atual primeira-dama da Bahia, com quem tem duas filhas, Marina e Malu. Em 2014, ele se elegeu governador do Estado da Bahia com 3,5 milhões de votos.

Rui Costa foi reeleito em outubro deste ano, com mais de 5 milhões de votos, o que corresponde a 75,50% dos votos válidos. A festa da vitória foi realizada no bairro do Rio Vermelho e contou com show da cantora Solange.