A identificação de uma carga com dispositivos para acionar explosivos no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, neste sábado (5), chamou a atenção das autoridades aeroportuárias. Os “timers” encontrados no terminal da Grande São Paulo foram despachados a partir de Feira de Santana, na Bahia, e seguiriam para vários estados do país. O material entrou em combustão quando era embarcado e assustou os funcionários do local. A área foi isolada e o esquadrão antibombas da Polícia Militar precisou ser acionado para desarmar o equipamento. A delegacia antiterrorismo da Polícia Federal de São Paulo abriu um inquérito para apurar como o material chegou até a capital paulista, já que não foi detectado pelos equipamentos de raio-x dos aeroportos. Para o perito em aeronáutica Daniel Calazans, a descoberta reforça a necessidade de um controle maior das bagagens em voos nacionais. Os especialistas afirmam que a falta de controle de bagagens despachadas coloca em risco todo o sistema aeronáutico brasileiro. Por outro lado, as bagagens de mão e os próprios passageiros passam pela identificação por raio-x.