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26 de maio de 2016
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Teste do pezinho diagnostica distúrbios na tireoide do bebê

Imagem Reprodução

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Você saberia reconhecer corretamente os sintomas mais comuns dos distúrbios da tireoide no seu filho? Uma pesquisa realizada em 16 países, incluindo o Brasil, revelou que 84% das 1.600 mães de filhos na faixa etária de 0 a 15 anos não conseguem identificar os sinais de hipo ou hipertiroedismo. Se você se enquadra neste universo, leia o post até o final. Como nesta quarta-feira (25) é comemorado o Dia Internacional da Tireoide, o blog Saúde sem Neura consultou a endocrinologista Laura Ward, presidente da SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo), para esclarecer as principais dúvidas sobre hipotiroidismo congênito, a forma mais grave da doença. A boa notícia é que o distúrbio pode ser identificado no terceiro dia de vida do bebê por meio do teste do pezinho. Se você ou alguém da sua família tem algum tipo de distúrbio na tireoide, deve redobrar a atenção com as próximas gerações e exigir a realização do teste do pezinho. A endocrinologista também ressaltou que o problema é de 3 a 8 vezes mais comum em mulheres do que homens. Caso seu filho não tenha feito o exame, alguns sinais podem te ajudar a desconfiar a doença. Antes de falar dos sinais, quero esclarecer que a tireoide é uma glândula que fica no pescoço e produz dois hormônios: a triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4). Eles ajudam não só no desenvolvimento e crescimento das crianças, como também contribuem para as funções vitais do corpo em todas as fases da vida.Como o próprio nome sugere, o hipertiroidismo representa a produção excessiva de hormônios da tireoide. Por outro lado, o hipotireoidismo é exatamente a falta desses hormônios. No post de hoje, vou focar no hipotireoidismo congênito, a forma mais grave da doença que acomete 1 em cada 2.000 a 4.000 bebês. Confesso que fiquei assustada com o número! Embora o tratamento seja exigido para sempre, é possível levar uma vida normal e com qualidade. Para isso, quanto mais cedo é feito o diagnóstico, menor é a chance de a criança desenvolver sequelas. Entre as principais consequências do hipotireoidismo congênito, Laura citou “distúrbios neurocognitivos, metabólicos e comportamentais, alterações osteo-musculares e atraso no crescimento”. Como eu falei acima, o diagnóstico pode ser feito nos primeiros dias de vida do bebê por meio do teste do pezinho. Uma vez confirmado, o medicamento oral entra em cena, mas a dosagem diminui conforme a idade. Inclusive, a endocrinologista informou que o SUS (Sistema Único de Saúde) oferece o tratamento sem custo. Agora que você já entendeu a doença, vou enumerar os sintomas. Na pesquisa que eu citei acima, patrocinada pelo laboratório Merck, os sinais que as mamães menos associaram com o hipotiroedismo congênito foram constipação (26%), ritmo cardíaco acelerado (20%), dificuldade para engolir (19%) e diarreia (17%). Por outro lado, sonolência (40%), agitação (33%) e aumento do apetite (29%) foram os sintomas mais associados à doença. – A intensidade dos sintomas é muito individualizada e vai depender da quantidade do hormônio em déficit. O lado bom é que os sintomas são mais evidentes na criança do que no adulto. Laura acrescentou outros sinais que podem ajudar os papais e mamães a desconfiar da doença, como cansaço não habitual durante o dia, preguiça, lentidão, dificuldade para exercer as tarefas, esquecimento fácil, baixa concentração, ressecamento da pele, unhas fracas e ganho de peso. Fique atento e não exite em procurar o especialista, combinado? Se seu filho não fez o exame do pezinho, é possível diagnosticar a doença com exame de sangue para medir a dosagem de TSH e T4 livre.