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28 de maio de 2016
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Bahia registra 576 casos de estupro no primeiro trimestre de 2016, diz SSP

Imagem Reprodução

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Nos três primeiros meses de 2016, a Bahia registrou 576 casos de estupro, segundo dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA). O maior número de ocorrências foi em Salvador, que contabilizou 110 casos. No ano passado, o estado teve, ao todo, 2.549 ocorrências. A capital baiana (531 casos) e os municípios de Feira de Santana (154), Ilhéus (76) e Porto Seguro (67) foram as que mais registraram crimes. Há duas semanas, uma adolescente de 15 anos foi estuprada em uma cabana da Avenida Beira Mar, no município de Alcobaça, sul da Bahia. Segundo informações da delegacia da cidade, o local estava abandonado e a vítima estava com o namorado quando o casal foi surpreendido por um homem que praticou o abuso. No dia 5 de maio, um homem de 39 anos foi preso em flagrante depois de estuprar uma jovem de 19, em Feira de Santana. Segundo a polícia, o crime aconteceu dentro da casa da vítima. O criminoso percebeu que ela estava sozinha e pulou o muro para entrar no imóvel. Em Salvador, no final de abril, uma mulher foi estuprada por três homens pós ser abordada enquanto fazia caminhada no Parque São Bartolomeu, no Subúrbio Ferroviário. Uma cunhada da mulher, que estava com a vítima no momento do crime, saiu correndo e conseguiu escapar. Em fevereiro, uma grávida foi estuprada na frente dos dois filhos em Barreiras, no oeste da Bahia. Uma vizinha da vítima também foi violentada. No mesmo mês, um homem preso em flagrante durante uma tentativa de assalto foi reconhecido por dez mulheres que foram vítimas de estupro entre os meses de dezembro de 2015 e janeiro deste ano. As vítimas têm idades entre 8 e 63 anos. Queixas Queixas de estupro podem ser feitas em qualquer delegacia do estado. Em Salvador, duas unidades são especializadas em atendimento à mulher: uma localizada no bairro de Periperi e outra no bairro de Brotas. Nesta sexta-feira (27), no entanto, que foi um dia facultativo após o feriado de Corpus Christi, nenhum delegado foi localizado nas unidades especializadas para realizar atendimento a uma possível vítima. A promotora de justiça Márcia Teixeira diz que a falta de atendimento às vítimas pode resultar em dificuldades na investigação dos crimes. “Não deveria ser comum que a vítima procure uma delegacia de polícia e não encontre um delegado para escutá-la, para acolhê-la. Isso leva a uma série de prejuízos, não só para as vítimas, mas também para nós, promotores, que precisamos das provas para levar o caso a julgamento e ter uma condenação, uma sentença satisfatória. A coleta frágil, irregular, das provas é um dano e pode até levar à absolvição dos estupradores”, destaca.