O diretor-executivo de finanças da Vale, o ex-CEO da mineradora e outros executivos deveriam ser indiciados por homicídio culposo pelo rompimento de uma barragem da empresa em Brumadinho (MG) em janeiro, recomendou a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Senado que investigou o desastre. A informação é da agência Reuters. Segundo a publicação, depois do incidente, Fabio Schvartsman deixou o cargo de diretor-presidente da Vale sob pressão do Ministério Público Federal, em março. Já Luciano Siani continua a atuar como diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores. Ainda de acordo com a Reuters, a CPI defende que ambos sejam indiciados por homicídio culposo e lesão corporal culposa, além de danos ao meio ambiente devido ao desastre, que contabiliza até o momento 246 mortos e 24 desaparecidos, além de diversos impactos sociais e ambientais. Em seu relatório final, de quase 400 páginas, a CPI também recomendou o indiciamento da própria Vale e da certificadora TÜV SÜD, empresa responsável por um atestado de estabilidade da estrutura, além de outras 12 pessoas, incluindo o ex-diretor de Ferrosos e Carvão da Vale, Peter Poppinga. No caso da Vale e da TÜV SÜD, a CPI defendeu indiciamento por destruição do ambiente, poluição culposa e “responsabilidade penal da pessoa jurídica”.