Presidente do PSD baiano, o senador Otto Alencar explicou a manutenção do voto favorável dos deputados baianos do partido à reforma da Previdência, após ameaçar uma mudança de posição da bancada antes da votação em segundo turno. No final de julho, Otto sinalizou que os parlamentares, orientados por ele, votariam contra a reforma, porque o governo não havia cumprido um acordo. Integrante da bancada baiana, o deputado Pastor Sargento Isidório (Avante) votou a favor da reforma no primeiro turno, mas ficou contra no segundo, com o argumento de que o acerto não foi cumprido. “Se não votássemos a favor, a reforma passava na Câmara? Se tirasse os cinco [deputados do PSD] da Bahia, ficava com 365 votos favoráveis. Eram necessários 308 votos. O governo tem maioria clara na Câmara, assim como aqui no Senado”, argumentou o senador, em entrevista, na quarta-feira (14). “Se o governo quiser aprovar a matéria, aprova. Nós, que somos minoria, temos que avançar em algumas alterações”, completou. Para a votação no Senado, entretanto, Otto reiterou que não votará a favor do texto caso não seja aprovada a pauta do chamado pacto federativo. “Mais de 30 senadores [têm essa opinião]. É a única saída dos estados terem recursos extra, além do Orçamento. Se não tiver receita extra, é provável que tenha colapso no pagamento de servidores, não na Bahia, mas em estados que estão com a corda no pescoço”, declarou.