Com mais de 100 mil trabalhadores em todo o país, cerca de 5,6 mil na Bahia, a empresa de serviço postal Correios está na lista de empresas que deverão ser privatizadas pelo governo Bolsonaro. O assunto foi tratado nesta segunda-feira (2), na Câmara Municipal de Salvador (CMS), durante sessão ordinária. Acompanhado de representantes da categoria, Maurício Fortes Garcia Lorenzo, da Associação dos Profissionais dos Correios – Regional da Bahia (ADCAP), externou a preocupação dos trabalhadores sobre provável demissão em massa, sobretudo em municípios pequenos. Lourenzo ocupou a Tribuna Popular, quando trabalhadores associados ao Sincotelba também se manifestaram, nas galerias do Plenário Cosme de Farias, em protesto contra a privatização. Apesar da ECT ter sido criada formalmente em 20 de março de 1969, o serviço postal brasileiro, segundo Lorenzo, existe desde 1663 e é um dos poucos serviços públicos presentes em todos os municípios, por menores que sejam. “Os argumentos do governo federal para a privatização não se justificam, como o de extinguir o monopólio e incentivar a concorrência. A empresa é estatal, mas não dependente do tesouro nacional. E chega aos lugares mais remotos do país”, disse. Ele entregou aos vereadores um manifesto contra a privatização e pediu que coloquem na pauta de debates da Câmara a discussão sobre o novo marco regulatório da atividade.