Em ação um tanto quanto incomum, o ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Helano, convidou jornalistas para visitar o centro de treinamento dos agentes que fazem a proteção do presidente Jair Bolsonaro (PSL). No encontro, os presentes receberam informações de como os seguranças do mandatário reagem a situações de perigo. “A nossa intenção é mostrar como funciona a segurança do presidente, do vice-presidente e dos familiares, para que [as pessoas] tenham uma noção do grau de preparo que isso exige. Da seleção que tem que ser feita daqueles que participam dessa atividade”, afirmou Heleno, ao final da manhã de simulações. Depois da apresentação do ministro, que ocorreu no auditório do GSI, nos anexos do Palácio do Planalto, os repórteres seguiram para acompanhar uma demonstração de manobras de fuga do comboio presidencial em simuladores. Os jornalistas seguiram ainda para uma região afastada do centro de Brasília, onde conheceram os estandes de tiro onde os agentes fazem cursos de aprimoramento. Foram realizadas demonstrações de engajamento contra possíveis ameaças com pistolas e fuzis. De acordo com os instrutores, os agentes que fazem a segurança do presidente são treinados para sacar suas pistolas e disparar contra ameaças que estejam armadas em menos de três segundos. Depois, houve uma apresentação sobre como os agentes de segurança são treinados para reagir em caso de ataque com faca ou arma de fogo. De acordo com o ministro do GSI, o corpo de agentes que fazem a segurança do presidente é formada por integrantes das forças armadas e de órgãos como Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e bombeiros. “Nós temos consciência plena que não existe segurança 100%”, disse o ministro. “É lógico que existe um pequeníssimo grau de risco que pode envolver uma situação desagradável”, concluiu.