16 de dezembro de 2015
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Dezesseis votos de deputados da bancada baiana na Câmara Federal estariam garantidos em favor da presidente Dilma Rousseff (PT), caso fosse votado hoje, o pedido de impeachment da chefe do Palácio do Planalto. Apesar disso, o número não representa nem a metade dos 39 parlamentares da Bahia. Em 2014, durante o período eleitoral, Dilma teve o apoio da maioria dos baianos. Mas, aos poucos, a maré tem virado. Parte considerável dos parlamentares está indecisa sobre o futuro da petista na presidência. É o caso, por exemplo, dos deputados Márcio Marinho e Tia Eron, ambos do PRB. Anteriormente, os parlamentares declararam abertamente o seu apoio a Nelson Pelegrino, candidato do PT à prefeitura em 2012 e a Dilma. Hoje, os deputados não têm mais tanta certeza. “O PRB tem conversado muito sobre isso. Estamos avaliando. É uma decisão que não pode ser boa para o Brasil, ter um histórico de dois impeachments. Por outro lado, ela [a presidente Dilma] não tem mais credibilidade, que é tudo para um homem público. Ela perdeu a credibilidade completamente”, afirmou Tia Eron. Marinho seguiu a mesma linha de pensamento. “Estou analisando. O não pode ser decidido da noite para o dia”, disse. Em levantamento feito pelo Bocão News, que entrevistou os representantes da Bahia na Câmara Federal, foi constatado que 16 apoiam a presidente, nove querem o impeachment e sete estão indecisos. A reportagem entrou em contato com os outros sete parlamentares, mas até o fechamento da matéria, não obteve retorno. Para que aconteça o impeachment de Dilma, o pedido precisa ser colocado em votação pelo presidente da Câmara, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), e aceito por dois terços ou mais dos deputados (o equivalente a 342 de 513).