29 de dezembro de 2015
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FOTO: BRUMADO ACONTECE
Com um deputado federal de uma bancada de 36 parlamentares na Câmara dos Deputados, e uma cadeira no Senado, o PSB na Bahia se reuniu ontem para decidir os rumos que tomará no processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT). No encontro em Salvador, a Executiva Estadual do PSB, comandada pela senadora Lídice da Mata, decidiu “ratificar a posição do Diretório Nacional de independência propositiva e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff”.“Isso, no entanto, não deve esgotar o debate sobre a profunda crise econômica, social e política que o país atravessa, caracterizada principalmente pela perda de 1,5 milhão de empregos formais em apenas 1 ano, pelo não crescimento do PIB e pela alta da inflação, que corrói os salários dos trabalhadores brasileiros”, disse o PSB baiano, por meio de nota enviada à imprensa. Na visão da maioria dos membros do diretório estadual, a crise política revela um “esgotamento do modelo de alianças” estabelecidas pelo governo federal e provoca o “empobrecimento da prática política”, entre as teses consideradas “simplistas”
“O PSB da Bahia propõe que sigamos o exemplo do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, que reuniu outros 12 executivos estaduais para busca de soluções políticas, econômicas e sociais, para além dos acordos partidários, que permitam ao país atravessar esta crise e chegar a 2018 em razoáveis condições democráticas estabelecendo, nesse período, um governo de coalizão nacional que proporcione condições políticas, jurídicas e econômicas para o país”, defendeu o partido no estado. Na Bahia, o PSB integra a base do governo Rui Costa (PT) com cargos no segundo escalão da administração estadual. Antônio Carlos Tram, secretário de Finanças do PSB, é presidente da Junta Comercial da Bahia (Juceb). Rodrigo Hita, primeiro secretário do PSB, é o superintendente de Defesa Civil do Estado.Nacionalmente, o PSB está rachado. Enquanto a bancada na Câmara apoia majoritariamente a petição de impedimento assinada pelos juristas Miguel Reale Jr. e Hélio Bicudo, a maioria dos governadores, senadores e dirigentes da legenda que atuam em movimentos sociais se posiciona contra a medida. Diante do impasse sobre o afastamento ou não da presidente Dilma, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, é quem vai dar a palavra final. O dirigente nacional já criticou a tese do PT de que as discussões de um possível impedimento da petista seria um “golpe”. “O debate está em suspenso. Fechamos o ano sem uma definição clara. Há uma certa simpatia na Câmara, mas no Senado (o impeachment) encontra resistência”, avaliou Siqueira.