11 de janeiro de 2016
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FOTO BRUMADO ACONTECE
Os casos de violência contra a mulher aumentaram na Bahia. Os registros em 2016 confirmam a tendência negativa das estatísticas das agressões. Apenas nos primeiros cinco dias do ano, a Deam (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher) de Periperi, subúrbio de Salvador, já registrou 24 casos de violência doméstica. No ano passado foram contabilizados 2.392, mas apenas 633 ocorrências viraram inquéritos, que foram encaminhados à Justiça, conforme informações do R7. No domingo (3), o relacionamento de mais de 30 anos da faxineira Maria José Silva, de 58 anos, e o pedreiro José Estêvão Barbosa da Silva, de 53, terminou de maneira trágica. Maria José foi morta pelo marido a golpes de pá, após uma discussão dentro da residência onde o casal morava, na rua Iguaçu, no bairro de Paripe. Na semana passada, uma professora de 33 anos foi esfaqueada dentro da própria casa, em Vitória da Conquista, a 509 km de Salvador. A polícia informou que o principal suspeito de cometer o crime é o ex-namorado da vítima. Marília de Alencar Silva segue internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital particular da cidade. Estimativas do Mapa da Violência de 2015 revelam que metade dos quase 4.800 casos de homicídios de mulheres no Brasil foi provocada por violência doméstica ou outros tipos de ataques motivados por discriminação de gênero, os chamados feminicídio, que há quase um ano são tratados como crimes hediondos. A delegada Vânia Nunes explica que a pena foi
Ela revela que esse índice de violência tem tendência a crescer. “Não tem média específica de idade. Ocorre em várias idades, em todos os níveis sociais. Infelizmente, hoje, a gente não está preparado para entender que o relacionamento é pra ser prazeroso. Ele é bom enquanto o amor dura, quando o amor acaba, ninguém é propriedade de ninguém. E é isso que é difícil de entender”, afirma. Em 2015, 72 mulheres conseguiram medidas protetivas da unidade e são acompanhadas por policiais da Ronda Maria da Penha. Só no ano passado, quase 2.400 pediram socorro no Centro Loreta Valadares, casa de acolhimento da Prefeitura de Salvador que funciona nos Barris, centro da cidade. No local, as vítimas de violência recebem apoio social, jurídico e psicológico.