O secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, avalia que após o período junino, e consequente deslocamento de pessoas para as cidades do interior do Estado, municípios menores podem apresentar uma elevação no número de casos da Covid-19.
A declaração foi dada na manhã desta quinta-feira (25), durante a entrega de uma unidade básica de Saúde localizada no bairro do IAPI, em Salvador. “Agora, é importante lembrar que a contaminação não é apenas de pacientes. Não são apenas contatos pontuais. É preciso um contato prolongado com a pessoa para que aconteça o contágio”, ponderou.
Assim, de acordo com o titular da Sesab, se o retorno de quem se deslocou ocorreu rapidamente, as chances de contaminação acabam sendo menores. Ele informa que a região centro-sul segue sendo uma preocupação do governo, bem com cidades como Santo Antônio de Jesus, Gandú e Valença – que possuem taxas de contaminação “muito acima da média do Estado”.
Questionado sobre a situação em Santo Antônio de Jesus ter relação com a permanência do funcionamento do comércio, Villas Boas respondeu que acredita que isso tenha contribuído para a atual situação. O município voltou a fechar seu comércio na última quinta-feira (18), após registrar que os casos de contaminação pelo vírus dobraram em um intervalo de 13 dias.
Vilas-Boas ressaltou que a demanda referente ao novo coronavírus na Bahia segue crescendo, e que o Estado ainda não alcançou uma estabilização do seu cenário. “Estamos conseguindo atender a demanda de pacientes. Mas, a medida que a gente vai controlando uma região do Estado, outra começa a apresentar elevação de novos casos”, avalia.
Ele voltou a afirmar que evidências científicas apontam que o pico da pandemia deva ocorrer no final de junho – quando tradicionalmente ocorre o pico das síndromes gripais. “Já que fizemos uma intervenção humana nessa pandemia, com o distanciamento social, é provável que tenhamos não um pico, mas um platô que deve permanecer por um mês até que o numero de casos comece a cair”, explicou.
O titular da Sesab acrescentou que a taxa de crescimento segue em queda, atualmente oscilando entre dois e três por cento.