26 de janeiro de 2016
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De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), PT, PDT, PV angariaram, respectivamente, 92, 43, 7 municípios baianos no pleito daquele ano. Hoje, esses partidos têm 88, 37,3 prefeitos. Na avaliação de Joviniano Neto, cientista político e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), a saída do deputado estadual Marcelo Nilo (sem partido), presidente da Assembleia Legislativa, do PDT foi o fator para o partido perder prefeituras no estado. “Ele trouxe um bocado de prefeitos para o partido. Como ele [Nilo] saiu, agora está levando boa parte deles para outros partidos da base do governo”, analisou o especialista. Segundo o presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, a perda de prefeituras na sigla se deve a morte de gestores e licenciamento por problemas de saúde. Segundo ele, em São Francisco de Conde e Aporá, os prefeitos Rilza Valentim e Zé Raimundo, morreram em 2014 e 2013, respectivamente. “Já em Madre de Deus e Ipirá, eles pediram para se afastar por causa da saúde”, contou o petista. As siglas que também perderam espaço na Bahia foram PSC, PSB, PSDB e PMDB. Em contrapartida, PTN e DEM ampliaram o número de cidades (confira, abaixo, a tabela completa). O especialista é cauteloso ao comentar sobre a previsão para essas legendas nas eleições municipais deste ano. Para Joviniano, a impopularidade do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) pode fazer a oposição ampliar o número de prefeituras na Bahia. “É difícil prever. O DEM tem condições de manter as prefeituras de Salvador e Feira de Santana e pode conseguir algumas com essa impopularidade do governo”, comentou. O presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, disse que a meta da sigla no pleito deste ano é manter a quantidade de prefeituras. Já o comandante do PDT, deputado federal Félix Mendonça, quer aumentar pelo menos em 15%. “Esperamos repetir, no mínimo esse número. Mas a meta é aumentar para cerca de 60”, frisou. O peemedebista Geddel Vieira Lima ressaltou que o partido está estruturado para participar do maior número possível de disputas no interior do estado. “Não estamos fazendo uma previsão numérica de quantas prefeituras vamos fazer, até porque isso é um equívoco. (…) O partido está bem estruturado e o fundamental é termos palanques para levar nossa mensagem em relação a projetos futuros pra Bahia. Essa é a nossa posição”, asseverou. Mais mudanças de partidos podem acontecer. Do dia 3 de março até 2 de abril, vereadores e prefeitos de todo o país poderão mudar de legenda sem perder o mandato. De olho nesta “janela”, as siglas têm se movimentado para atrair a maior quantidade possível de políticos. Quem não tem mandato eletivo pode se filiar a um partido até o dia 2 de abril.