A deputada federal Lídice da Matta (PSB-BA) comentou a proliferação de notícias falsas em meio à pandemia de coronavírus. A parlamentar é relatora da CPMI das Fake News, que investiga o disparo de campanhas mentirosas e ligações de mensagens falsas ao Planalto. “Justamente no momento em que foi suspensa passou a ter mais visibilidade no país.
Com a pandemia, aquilo que antes era tido como uma disputa entre partidos como se fosse o terceiro turno da eleição, vendo se cassa a chapa que ganhou no TSE por descobrir fake news, a imprensa deu muito esse tom que seria uma disputa entre PT e seus aliados ou PSL e seus aliados. A presença da base do governo naquela CPMI, sabotando sua continuidade, tudo isso fez com que nós tivéssemos um quadro típico de uma CPMI, com muita disputa política, o que é verdade”, disse a parlamentar, em entrevista a José Eduardo na Rádio Metrópole hoje (26).
“Só que, com a pandemia, aquilo que era negado que no Brasil existia, ficou claro que era uma realidade, tanto na eleição como na vida do cidadão. Tivemos uma verdadeira pandemia de fake news na pandemia do coroanvírus. Só aqui na Bahia algumas delas foram feitas contra o governo baseadas no princípio dos chamados negacionistas”, afirmou a deputada.
Lídice comentou o inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que apura campanhas difamatórias e fake news contra os ministros. Em junho, o plenário da Corte confirmou a validade do inquérito. Instaurado por Dias Toffoli, o inquérito alcançou apoiadores e aliados do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), que foram alvo de buscas no âmbito desta investigação. “Ao lado disso, aconteceu o inquérito do Supremo, que se baseou também e muito nas denúncias feitas na CPMI das Fake News. O inquérito era para identificar aqueles responsáveis por ataques ao STF, à corte e aos seus membros, pedindo fechamento do Supremo e do Congresso Nacional”, declarou a parlamentar.