11 de fevereiro de 2016
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Foto: Brumado Acontece
Os preços atuais do petróleo, os mais baixos em mais de uma década, começam a prejudicar a economia global e não têm aumentado a demanda por gasolina e outros derivados no nÃvel em que muitos esperavam, afirmou a Organização dos PaÃses Exportadores de Petróleo (Opep) nesta quarta-feira. A Opep cortou suas projeções para crescimento da demanda global por petróleo e também para a economia mundial. Segundo o grupo, os preços mais baixos da commodity não compensaram o apetite reduzido dos consumidores – e, ao mesmo tempo, prejudicam grandes paÃses, como Rússia e Brasil. O anúncio, que aparece no relatório mensal sobre o petróleo da Opep, surge após os preços da commodity retomarem sua trajetória de queda. O movimento ocorre após os membros do grupo não chegarem a um acordo sobre um corte na produção. Os preços mais baixos do petróleo são em geral considerados positivos para os consumidores e para a economia global em geral. Mas agora “o efeito geral negativo do forte declÃnio dos preços do petróleo desde meados de 2014 tem superado os benefÃcios no curto prazo”, disse a Opep.
A entidade, que fornece mais de um terço dos barris consumidos globalmente, reduziu sua previsão para o crescimento global em 2016, de 3,4% para 3,2%. Apesar de os preços do petróleo terem descido a nÃveis não vistos em mais de dez anos, a Opep também cortou sua projeção para crescimento na demanda em 10.000 barris ao dia para este ano. A demanda por petróleo deve subir 1,25 milhão de barris por dia neste ano, para 94,21 milhões de barris por dia, segundo a entidade. O grupo diz que há consumidores reduzindo os trajetos de carro e que há ainda o impacto da recente crise financeira. “Devido aos efeitos que se seguiram à ‘grande recessão’, o potencial de que a capacidade de gasto dos consumidores possa aumentar é limitada”, afirmou a Opep. Apesar do apetite menor pela commodity, a entidade continua a produzir em nÃvel forte. O grupo disse que sua produção aumentou 131.000 barris por dia, para 32,33 milhões de barris por dia em janeiro. Nigéria, Iraque, Arábia Saudita e Irã puxaram a alta. A produção do grupo no mês passado sugere um superávit excesso de petróleo disponÃvel no mercado global de 1,84 milhão de barris por dia no primeiro trimestre, de acordo com os números do relatório. (Estadão Conteúdo)