A categoria dos caminhoneiros, através de entidades representantes, planeja uma nova paralisação geral, em todo o Brasil, que deve ser realizada no dia 1º de fevereiro. A decisão inicial foi tomada na Assembleia Geral Extraordinária do Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), realizada na última terça-feira (5).
São diversas as reivindicações da categoria, sendo a principal contra a alta no valor dos combustíveis, considerada abusiva. Entre outras pautas, os caminhoneiros também buscam o estabelecimento de um piso mínimo de frente para o transportador autônomo, aposentadoria especial, marco regulatório do transporte e uma fiscalização mais atuante da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado da Bahia (Sindicam-Ba), Jorge Carlos, existem apenas 16 fiscais da ANTT, responsáveis pela fiscalização na Bahia e em Sergipe.
Para Carlos, não haverá grande aderência da categoria na Bahia. “São 35 mil caminhoneiros da Bahia cadastrados na Agência Nacional de Transportes Terrestres. Se muito for, talvez, apenas 10% participem da paralisação. Além disso, não podemos confirmar a nossa participação na paralisação, pois depende da decisão, em reunião com nossos superiores em Brasília. A gente é favorável, mas desde que tudo esteja claro e faça sentido para a categoria. Não vamos abraçar uma causa que não tenha consistência. Como Sindicato não vamos colocar a cara e prejudicar a classe. Uma andorinha só não faz verão”, afirma Carlos.