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26 de fevereiro de 2016
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Secretário admite deficiências nas maternidades: problema é complexo

FOTO: BRUMADO ACONTECE

FOTO: BRUMADO ACONTECE


O secretário Fábio Villas Boas comentou o assunto em entrevista concedida ao apresentador José Eduardo, na Rádio Metrópole. A crise na rede obstétrica da Bahia está longe de ser solucionada e só se agrava. Após quase uma década administrando a maternidade José Maria de Magalhães Neto, a Santa Casa de Misericórdia, primeira organização social da Bahia, deixará a administração da instituição a partir do mês de abril, devolvendo-a para o Governo do Estado. “A situação não corresponde a verdade exata dos fatos. Há quatro anos a Santa Casa vem alegando um desequilíbrio financeiro no contrato. Então, concluímos um novo processo para licitar a empresa que irá gerir a maternidade e negociamos um processo de transição de 90 dias até que seja definida qual será a nova gestora”, afirmou Villas Boas. Ainda segundo o secretário, nunca houve fechamento de maternidades públicas. “O do Santo Amaro é privada e é onde realmente existe uma crise. Me reuni com a Sociedade de Ginecologia e montamos um plano de estudo para que todos os problemas sejam resolvidos. Quero um plano de ação e o problema é complexo. Tem maternidade que sequer abre as portas no fim de semana. Ou porque não tem enfermeiros ou porque não tem dinheiro. Esse volume todo de pacientes vem para as maternidades referência do Estado e este é um problema que vem sendo resolvido sistematicamente”, explicou. O gestor ressaltou ainda que há investimentos em torno de R$ 100 milhões no setor, sendo R$ 20 milhões para o Hospital João Batista. Para o presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia da Bahia, Carlos Lino, a situação é emergencial. “Precisamos contratar mais obstetras e tem que melhorar a gestão, senão não estaria nesta situação. Não podemos permitir que esta situação se perpetue”, afirmou.(Situação da José Maria Magalhães) A Santa Casa está há um ano sem contrato junto à Sesab, recebendo remuneração mensal por indenização e sem reservas trabalhistas para honrar a demissão de cerca de 1.200 funcionários. Há quase seis meses a maternidade José Maria de Magalhães Neto suspendeu o atendimento ao parto de baixo risco, o que agravou ainda mais a situação da rede obstétrica do Estado. Durante a administração da Santa Casa, a maternidade José Maria de Magalhães Neto chegou a realizar mais de mil partos por mês. Hoje, são feitos pouco mais de 500 provocamos pela diminuição de repasses ao logo do tempo, afetando a oferta de serviços. A maternidade é uma das maiores do Nordeste e possui a maior oferta de leitos de neonatologia da Bahia . Na última semana, a organização social oficializou o assunto junto ao secretário estadual Fábio Vilas Boas.