A existência de um inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra o governador Rui Costa (PT), revelado pela revista Crusoé, ampliou a pressão no grupo mais próximo dele, que não é grande, mas inclui a família, para que dispute as eleições ao Senado em 2022.
Os aliados de Rui acham que, seguindo a tradição, ele não deve abrir mão da cobiçada imunidade parlamentar ao deixar o governo e o mandato de senador é o caminho mais adequado para conquistá-la. A princípio, a candidatura descontentaria o senador Jaques Wagner, candidato do PT à sucessão estadual.
Mas já há quem diga no partido que Wagner também teria passado a avaliar com outros olhos a possibilidade de Rui concorrer em sua chapa por temer que as movimentações nacionais do PSD, que avalia lançar candidato à Presidência, acabem eventualmente afastando o senador Otto Alencar dela.
Segundo a Crusoé, o processo no STJ contra Rui Costa apura a compra, pelo Consórcio do Nordeste, presidido por ele, de 300 respiradores para tratar pacientes da Covid-19 por R$ 49 milhões. A empresa contratada não entregou os equipamentos, nem devolveu o dinheiro.
Política Livre