A Bahia apreendeu quase 2 mil armas no primeiro semestre deste ano, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Ações feitas em Salvador durante o período terminaram com 325 armas apreendidas.
Segundo informações da SSP-BA, a cada três horas uma arma é tirada de circulação na Bahia. Apreensões nas BRs 324, 116 e 101 são feitas para evitar que os armamentos cheguem à facções criminosas.
O especialista em segurança pública e ex-capitão do Bope do Rio de Janeiro, Paulo Storane, afirmou que as trocas de tiros nas comunidades de Salvador, por exemplo, têm relação com a origem da formação dos grupos criminosos. “As facções disputam território. Estamos falando de um mercado, ou seja, da droga, principal insumo que mantem essas facções criminosas em razão de nós não termos no Brasil uma política nacional sobre drogas”, disse.
O especialista, que tem 38 anos de experiência em segurança pública, afirmou que o número de grupos criminosos na Bahia aumentou quase 100% nos últimos anos.
“Há quase quatro anos atrás eram meia dúzia e nós temos 11 hoje, que se organizaram, e muito por conta de o poder público ter limitado as ações por conta de restrições financeiras ou políticas locais, que é o caso da Bahia, mas também por conta de uma legislação muito permissiva e tolerante com o crime”, relatou.