As exportações baianas alcançaram o montante de US$ 8,24 bilhões [dólares] no acumulado de janeiro a outubro do ano corrente, o que representa um crescimento de 29,6% na relação com o mesmo período de 2020. “Com os dados de outubro já superamos todo o ano de 2020. Obviamente que existe uma disparidade muito grande em relação ao último ano, muito por conta do impacto da pandemia de Covid-19, mas ainda assim trata-se de um forte indício de que ao poucos estamos voltando a crescer”, avalia o vice-governador João Leão, secretário do Planejamento.
As perspectivas poderiam ser melhores, se uma série de indicadores da Europa e da Ásia não apontassem na direção de um crescimento mais fraco dessas economias no terceiro trimestre, afetado por problemas com as cadeias de suprimentos globais, forte aceleração da inflação e impacto da variante delta da Covid-19. As análises são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).
Guiadas, sobretudo pelo avanço dos preços, as exportações baianas em outubro cresceram 20,4% ante o registrado em igual mês de 2020, alcançando US$ 921,3 milhões. Apesar do crescimento das exportações e de seus preços médios, houve uma desaceleração do crescimento das cotações das commodities minerais e agrícolas, além do início da entressafra.
Houve também menor embarque para a Argentina (-24%), depois de meses seguidos de crescimento. Segundo a SEI, a queda se deu pela falta de componentes decorrente dos gargalos nas cadeias de produção, que vêm prejudicando, sobretudo, produtos industriais (mecânica, automotiva, química) e à escassez de dólares na Argentina, que mina as importações de empresas.