23 de março de 2016
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Imagem Reprodução
Com estilo técnico e pavio curto, Eva Chiavon assumiu desde a última segunda-feira (21) a posição de braço-direito da presidente Dilma Rousseff de maneira inesperada. Em meio ao imbróglio jurÃdico causado pela suspensão da posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o deslocamento de Jaques Wagner para o gabinete da Presidência da República, a secretária-executiva chegou ao cargo com status de primeiro-ministro do Palácio do Planalto em uma situação de vácuo de poder. Conhecida pelo gênio forte e pelo perfil de “gerentona” da máquina pública, a petista catarinense ganhou o apelido de “Dilma da Bahia” quando foi secretária estadual da Casa Civil entre 2007 e 2010, quando Jaques Wagner foi governador do Estado. Assim como Dilma no segundo mandato presidencial de Lula, quando estava à frente da Casa Civil e recebeu o apelido de “mãe do PAC”, Chiavon era a responsável por gerenciar o calendário de obras e projetos estaduais. Na Casa Civil, quando Wagner era ministro, o papel dela era semelhante. Enquanto o ministro se dedicava à articulação polÃtica, sobrava a Chiavon cuidar da parte administrativa. O perfil semelhante das duas que, segundo relatos perdem facilmente a paciência com subordinados, fez com que criassem afinidade. Para falar de questões burocráticas, Dilma costuma ligar diretamente para Chiavon. Em 2012, no primeiro mandato da presidente, Jaques Wagner chegou a indicar a secretária-executiva para o comando do Ministério do Desenvolvimento Social, mas Dilma acabou mantendo Tereza Campello. Antes de chegar à Casa Civil, Chiavon passou pelos ministérios do Trabalho, Planejamento e Defesa. No último, foi a primeira mulher a exercer a secretaria-executiva da pasta e enfrentou resistência por parte de militares, que pediam em conversas reservadas sua saÃda do posto.