Três deputados da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) assinaram um ofício, neste domingo (4), endereçado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pedindo a demissão imediata do ministro Rui Costa (PT), da Casa Civil. Os parlamentares avaliam que as declarações do baiano sobre Brasília foram desrespeitosas e levantam dúvidas sobre sua capacidade de desempenhar bem as funções no Ministério.
“Neste sentido, solicitamos respeitosamente que Vossa Excelência considere a imediata demissão do Ministro Rui Costa do cargo de Ministro Chefe da Casa Civil. Entendemos que é fundamental ter líderes comprometidos com o bem comum, que demonstrem uma postura responsável e respeitosa ao se referirem a partes importantes de nossa nação”, diz o ofício.
A solicitação, assinada pelos deputados distritais Pastor Daniel de Castro (PP), Joaquim Roriz Neto (PL) e Thiago Manzoni (PL), foi revelada pela colunista Lilian Tahan, do portal Metrópoles.
O imbróglio entre Rui e os brasilienses se iniciou quando o ex-governador da Bahia, em discurso em Itaberaba, interior do estado, lamentou que Brasília tenha sido fundada, afastando a política brasileira dos grandes centros do país. Rui ainda disse que a capital federal seria uma “ilha da fantasia”.
“Aquele negócio de botar a capital do país longe da vida das pessoas, na minha opinião, fez muito mal ao Brasil”, afirmou o ministro da Casa Civil.
“Era melhor [a capital] ter ficado no Rio de Janeiro, ou ter ido para São Paulo, para Minas ou Bahia, para que quem fosse entrar num prédio daquele, ou na Câmara dos Deputados ou Senado, passasse, antes de chegar no seu local de trabalho, numa favela, embaixo de viaduto, com gente pedindo comida, vendo gente desempregada”, opinou Rui.
A fala do ministro não caiu nada bem entre os brasilienses. Em resposta desaforada, o governador Ibaneis Rocha (MDB) chegou a dizer que Rui não merecia ocupar o posto que ocupa no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Ele é um idiota completo. Não merecia estar onde se encontra. Agora já sabemos de onde vem o ataque contra o Fundo Constitucional”, atacou Ibaneis.