25 de abril de 2016
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O ex-senador gaúcho e um dos fundadores do PMDB Pedro Simon afirmou em entrevista ao jornal ‘Folha de S. Paulo’ estar “chocado” com a articulação do vice-presidente Michel Temer para organizar um eventual governo antes da concretização do impeachment de Dilma Rousseff.”Isso que o Temer que está fazendo, de já querer organizar o governo, soa mal. Tinha que ser mais sigiloso, sem estar no jornal. Não é simpático. Ele está meio isolado”, reflete. “Fico chocado quando vejo o coitado do Temer falando com A, B ou com C, acho que não era por aÃ. Mas também não vejo outra saÃda”, continua.Simon diz ainda que Temer está em uma posição complicada. “(O PT) Está deixando o Temer em uma situação muito difÃcil porque o PT, já sentindo que não vai ganhar [a votação no Senado], vai fazer de tudo para destruir o governo que vem depois. Esquece da desgraça que pode acontecer com o paÃs com essa hecatombe”, comenta. Sobre as diferenças entre Itamar Franco (vice de Collor) e Temer, o ex-polÃtico diz que a situação naquela época era muito diferente. “Ele conseguiu fazer um entendimento, fez [a transição] com tranquilidade, sem ódio nem rancor. O Itamar não fez acordo com nenhum partido e chegou a uma situação de fazer um baita de um governo. O Temer tem que dar um sentido maior. Tem que ter um pouco de grandeza”, pondera. Simon defende que sejam feitas novas eleições e apoiou Marina Silva em 2014. Ainda segundo o jornal, naquela época Simon previu que a presidente não permaneceria quatro anos no cargo se vencesse a disputa. O ex-senador disse ainda que a OAB e a CNBB devem agir como mediadores da crise porque “o Congresso não tem gente de muita tradição ou biografia”.