Ney Matogrosso assistiu ao desfile de Lino Villaventura, estilista que assina o figurino de seu próximo show, na São Paulo Fashion Week. Na ocasião, ele falou, em entrevista ao jornal “Estado de S. Paulo”, sobre o momento polÃtico do paÃs.
“Não sei o que esperar porque os discursos estão mudando. Eles eram muito mais radicais, de ambos os lados. Espero que as pessoas entendam que é um caminho do meio, né? Nem uma ponta nem a outra. E se querem ordem, tem que respeitar um pouco. Senão, não teremos ordem. Teremos desordem”, disse.
Questionado sobre possÃveis semelhanças entre o momento atual e a ditadura militar iniciada em 1964, Ney rechaça: “Não. Ainda não vejo semelhanças”.
E por fim, sobre o medo de parte da sociedade brasileira em viver uma nova ditadura, o cantor pondera: “Acho que as pessoas estão se submetendo a um medo antecipado. Não tem que ter medo, vamos ver o que virá. Vamos viver o que virá, enfrentar o que virá e passaremos por isso. Eu penso dessa maneira. A gente quer tudo muito imediato, mas se você tem um distanciamento, você sabe que tudo é transitório. A vida é transitória. Nós, daqui a pouquinho, uma hora a gente vai embora. Quantas grandes civilizações já passaram por aqui e não existem mais? Nada é definitivo”.