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17 de janeiro de 2018
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AL-BA: lideranças de governo e oposição serão discutidas no retorno dos trabalhos

Foto Brumado Acontece

Foto Brumado Acontece

Os deputados estaduais da Bahia retornam do recesso no dia 1º de fevereiro, às 16h. Ano de eleição é conhecido como ano “calça curta” e a agenda legislativa é antecipada e condensada para ser realizada no primeiro semestre. Já no início da segunda parte do ano as atenções, gabinetes e assessorias, são direcionadas, comumente, para o processo de consolidação de voto. Dito isso, o governo estadual precisa também que as matérias enviadas à Casa sejam aprovadas no primeiro semestre. Há, constitucionalmente, uma série de restrições para o segundo semestre diante do pleito no qual serão eleitos presidente da República, senadores, governadores, deputados federais e estaduais. Na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) algumas discussões estão sendo previamente discutidas, ao menos, é o que tentam alguns atores que por meio de notas enviadas à imprensa levantam hipóteses a respeito, por exemplo, de eventuais mudanças nas lideranças das bancadas governista e de oposição. Em se tratado da bancada do governador Rui Costa (PT), o deputado estadual José Neto (PT) afirma que não houve nenhuma conversa oficial neste sentido. Ressalta que normalmente as discussões sobre ocupação de espaços legislativos acontecem de dois em dois anos. Quando são formadas as comissões permanentes e temporárias e é eleito o

O petista lidera o agrupamento que defende os interesses do Poder Executivo desde 2011 e será candidato a deputado federal de modo que os colegas de bancada avaliam que esta é a hora de mudar o comando.

A estrutura da liderança é algo almejado por muitos parlamentares que sabendo utilizar a exposição da função e os espaços e concessões estruturais tendem a disputar com afinco a indicação.

O deputado Rosemberg Pinto (PT) que liderou a bancada petista até 2016 e atualmente preside a Comissão de Constituição e Justiça é apontado como possível sucessor do parlamentar de Feira de Santana. Outro nome que também flerta com a função é o do ex-presidente da Casa por dez anos consecutivos Marcelo Nilo (PSL). Zé Raimundo e Paulo Rangel, ambos do PT, não são “cartas fora do baralho” nesta peleja.

Oposição

Em dezembro de 2017 começaram as especulações em torno de uma mudança na liderança da bancada de oposição na Casa. Leur Lomanto Júnior (MDB) afirma que não houve nenhuma conversa oficial ou extraoficial a respeito deste assunto durante o recesso.

O atual líder dos 21 parlamentares que compõem o agrupamento contrário ao governo petista diz que existe um acordo desde o início da atual legislatura de “alternância” de liderança. Ou seja, a cada ano um deputado ocuparia a função.

No entanto, nos primeiros dois anos a bancada ficou sob a tutela de Sandro Régis (DEM). Isso porque, de acordo com fontes ouvidas pela reportagem deste site, nenhum outro parlamentar demonstrou interesse real ou viabilidade para substituir de forma harmônica o demista.

No caso de Leur Lomanto há movimentações discretas nos bastidores para que Luciano Ribeiro (DEM) ou Hildécio Meirelles (MDB) suceda o futuro candidato a deputado federal. Contudo, vale ressaltar, que tanto o demista quanto o emedebista, rechaçam qualquer conversa ou especulação antes de se reunir com Leur Lomanto.

Ambos afirmam que na oposição não haverá fissuras em função de vaidades individuais e que o momento é de unificar o campo político que tem o desafio de vencer o PT após 12 anos de gestões consecutivas.

O problema é que em política, como se sabe, não há harmonia sustentada diante da possiblidade de crescimento de poder, visibilidade e consolidação de votos. Nas palavras de um dos decanos da AL-BA: político não divide nem dinheiro e nem voto.

Neste sentido, a calmaria do recesso pode virar turbulência no reinício dos trabalhos. Para além, ainda existe um fator que é a participação direta dos dois principais agentes políticos do ano.

Tanto o governador Rui Costa quanto o prefeito de Salvador e eventual candidato ao governo do estado ACM Neto ainda não manifestaram suas ideias publicamente ou no particular, mas engana-se quem descarta que algum ponto será dado sem as mãos de cada um em seus respectivos grupos políticos.