O deputado federal Marcelo Nilo (PSB) voltou a afirmar nesta sexta-feira (28) que não foi convidado pelo pré-candidato ao governo da Bahia pelo DEM, ACM Neto, para integrar seu grupo político. Mas confirmou que manteve conversas com o ex-prefeito de Salvador, recentemente. “Se Neto me chamar, de novo, para conversar eu vou”, disse ao bahia.ba.
Nilo ressaltou que se permanecer ao lado do governador Rui Costa (PT) e do senador Jaques Wagner (PT) não crescerá politicamente. Para ele, os correligionários concentram o comando do governo em torno do vice-governador João Leão (PP) e do senador Otto Alencar (PSD).
“Eu passei seis meses, um ano sem receber nenhuma ligação de Rui e Wagner. Eu nunca fui consultado para nada”, reclamou. “Rui e Wagner dividiram o governo para Otto e Leão. E os outros? E o PSB, o Avante e o PCdoB? Nada! Eu estou seguro que ao lado deles eu não subirei mais nenhum degrau na política. Não fiz a história política que fiz para ser reserva de ninguém. Estou há 32 anos ao lado do PT, contra o carlismo”, desabafou.
Um dos principais personagens da política baiana, Marcelo Nilo disse ainda que tem “estranhado o comportamento” do senador Jaques Wagner nos últimos tempos. Os dois mantêm uma amizade de 32 anos. “Ele está muito mudado. Não é o Wagner que conheci e de quem eu sou amigo. Está agressivo, mudado. Estou achando esse comportamento muito diferente e não tenho gostado”, provocou.