18 de fevereiro de 2016
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Imagem Reprodução
O amor pelo mar e seus segredos, a vontade de defender o meio ambiente e o desejo de viver um sonho. Esses são os motivos que Mirella Ferraz, de 32 anos, aponta como responsáveis por seu trabalho. Há quatro anos ela é sereia profissional. “Esse meu amor imenso nasceu quando eu nasci, isso é a razão de toda a minha vida. Quantas pessoas no mundo conseguiram tornar o seu conto de fadas profissão e viver disso integralmente?”, quastionou a moradora de Pirassununga (SP). Mirella contou que sua relação com o sereismo começou antes mesmo de o termo ser conhecido e que, quando decidiu trabalhar com a atividade, existiam duas sereias e um tritão profissionais nos Estados Unidos e na Austrália. “Eu vivo de ser uma sereia. Sempre me senti como se minha casa fosse mais a água do que a terra”, afirmou. Segundo Mirella, o começo foi difícil e ela recebeu muitas críticas, mas não pensou em desistir.
“Tive que ler e ouvir as maiores barbaridades de um país inteiro dizendo que eu era louca, infantil, que tinha que ir lavar a louça, mas sempre passei por cima de qualquer crítica para seguir o meu sonho. Hoje, sim, há reconhecimento”, desabafou. Se fora de casa nem sempre houve compreensão, o mesmo não aconteceu junto aos familiares. “Meu marido acha incrível eu ser assim, e olha que é psicólogo. Ele acha muito legal ter coragem de seguir os sonhos, mesmo que eles pareçam tão fora de ordem para a sociedade”, contou. A mãe de Mirella também apóia a atividade. De acordo com Izilda Ferraz Nogueira, a filha sempre demonstrou preocupação com a defesa da natureza e isso era o mais importante, dava orgulho para a família. “Ela nos ensinou a amar ainda mais os animais. Nos tornamos protetores de animais de rua por ela nos mostrar o sofrimento deles. Ela nunca desiste de seus sonhos, sempre foi bastante geniosa e briguenta quanto ao meio ambiente, o que eu tenho por ela vai além de admiração”, disse.