Para um arqueólogo israelense, os restos de um altar que ele encontrou em Jerusalém são o ponto onde Abraão encontrou o sumo sacerdote Melquisedeque, como lemos em Gênesis. Para Eli Shukron, que tem trabalhado com achados na cidade de Davi há muitos anos, esta é uma das suas descobertas mais importantes. “Estamos em um lugar muito, muito importante. Volte para Melquisedeque. Volte para o tempo de Abraão. Entenda de que maneira essas pessoas estão adorando a Deus no começo”, disse Shukron ao site CBN News. O arqueólogo lembra que em outros povos como no Egito e Mesopotâmia a adoração era feita em templos, com ouro e ídolos, mas apenas os hebreus usavam pedras. “A pedra é a casa de Deus, não há ouro nem diamantes, tudo é simples, é o que Deus quer que sejamos, simples. É fantástico. Por quê? Por que razão? Para nos conectar com Deus”, declarou Shukron. O estudioso diz que ali há a combinação do altar para o sacrifício, o canal do sangue, o prego do azeite para o óleo da unção, o lugar para amarrar os animais do sacrifício. A descrição desse encontro está em Gênesis 14 que diz: “Então Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; ele era o sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus mais sublime, possuidor do céu e da terra; e abençoado seja o Deus Altíssimo, que entregou seus inimigos em suas mãos. E ele deu a ele um dízimo de tudo.” A bênção do pão e do vinho é uma tradição e um estilo de vida que continua cerca de 4000 anos depois, como explica o arqueólogo, e a entrega do dízimo é uma forma de adoração. “O que estamos fazendo hoje? O judeu, o cristão… O que estamos fazendo? Estamos abençoando o pão e o vinho de uma maneira diferente, mas abençoando o pão e o vinho”, disse Shukron. “Onde [tudo começou]? Aqui na cidade de Davi, no Templo de Melquisedeque. Este é o lugar. É onde estamos e isso é incrível para entender isso”, completou.