Ex-aliado do governador de Roraima, Antônio Denarium (PP), o presidente da Assembleia Legislativa do estado (ALE-RR), deputado Soldado Sampaio (Republicanos), aceitou um pedido de impeachment apresentado contra o governador. Uma comissão especial deverá ser constituída em até 72 horas para iniciar o julgamento e Antônio Denarium terá 10 sessões para exercer a ampla defesa e o contraditório.
O pedido foi apresentado em junho alegando irregularidades na administração pública, desvios de recursos, nepotismo, uso de programas sociais para fins eleitorais e abuso de poder econômico.
No parecer que aceitou a admissibilidade do pedido, Soldado Sampaio disse que “não há dúvida de que as acusações formuladas pelos denunciantes são gravíssimas”.
As acusações que compõem o pedido que foi apresentado na Assembleia Legislativa de Roraiama são similares às que tramitaram na Justiça Eleitoral de Roraima e que levaram a cassação de Denarium por três vezes. Ele ainda segue no cargo enquanto os recursos qye apresentou são analisados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em um dos processos, Denarium é acusado de em 2022, ano eleitoral no qual concorreu à reeleição, ter turbinado programas de alimentos e habitação. A legislação eleitoral proíbe esse tipo de conduta.
Em nota, o governo de Roraima afirmou que “lamenta a postura do presidente da Assembleia Legislativa, que tenta desconstruir a imagem de um governo que tornou Roraima um estado de destaque no cenário nacional, com vários indicadores positivos e nunca antes vistos”.
Em outro trecho, a nota segue com críticas ao Soldado Sampaio.
“É importante que o presidente da assembleia entenda que eleições se decidem nas urnas, de acordo com a vontade da população. E foi desta forma que ocorreu nas eleições de 2022, que deram ao grupo do governador a vitória com mais de 56,47% em primeiro turno de um governo do qual o próprio deputado fazia parte da base aliada e hoje, estranhamente, projeta-se como uma pessoa rancorosa e revanchista”, diz o texto.
No final da nota, o governo alega que “o governo do estado sempre estará alinhado com a harmonia entre os Poderes constituídos, desde que prevaleça o respeito pelo grande mandatário de um Estado, que é o povo”.