Em depoimento concedido à Polícia Federal nesta quarta-feira, 26, Alexandre Machado, agora ex-assessor responsável por inserções de propaganda eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse temer por sua integridade física “ou que lhe sejam imputados fatos desabonadores para desviar o foco de problemas na fiscalização de inserções por parte do TSE”.
Machado foi exonerado pelo TSE na manhã de hoje, depois de enviar um e-mail emitido pela rádio JM ON LINE, no qual a emissora admitiu que, dos dias 7 a 10 de outubro, havia deixado de repassar em sua programação 100 inserções do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, segundo o assessor demitido.
Machado exercia a função de coordenador do pool de emissoras e era responsável pelo recebimento dos arquivos com as peças publicitárias das campanha e sua disponibilização no sistema eletrônico do TSE.
O assessor exonerado pelo TSE deixou a Corte um dia após a campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) ter apresentado detalhes da acusação de que foi prejudicada nas inserções da propaganda de rádio.
Cerca de 150 mil inserções, segundo a petição apresentada ao TSE na noite de terça-feira 25, não teriam sido veiculadas, especialmente em rádios da Região Nordeste. O número consta de uma auditoria feita pela Audiency Brasil Tecnologia Ltda., empresa contratada pela campanha.