12 de fevereiro de 2016
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Uma das maiores apostas do governo para diminuir as despesas obrigatórias, a reforma da Previdência Social enfrenta resistência por parte da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip). Os auditores veem com “preocupação a intenção do governo de, mais uma vez, modificar as regras para concessão das aposentadorias na Previdência Social” e são contra a criação de uma idade mÃnima para a aposentadoria. Para o presidente da Anfip, Vilson Romero, a definição de uma idade mÃnima não é compatÃvel com o tamanho do Brasil. “Uma das possibilidades para reduzir o déficit da Previdência é diminuir as renúncias”, afirmou. Entre as sugestões apresentadas pela associação para diminuir o déficit da Previdência está “convocar o agronegócio a contribuir para a redução do desequilÃbrio” entre a previdência rural e a urbana. Na avaliação de Romero, uma maior contribuição por parte do agronegócio é justa, mas enfrenta resistência por parte da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A Anfip argumenta ainda que a Previdência Social paga, mensalmente, R$ 32,6 milhões em benefÃcios, sendo que R$ 5,4 milhões são aposentadorias por tempo de contribuição. “O estabelecimento de uma idade mÃnima estaria direcionado para estas aposentadorias, que incluem porcentual pequeno do total de pagamentos previdenciários”, pondera a associação. De acordo com dados da associação, a Seguridade Social, que abrange a Previdência Social, Saúde e Assistência Social, foi em 2014 superavitária em R$ 53,9 bilhões. Segundo a associação, o governo deverá enfrentar dificuldades para a aprovação no Congresso Nacional de idade mÃnima em meio à atual crise polÃtica e em pleno ano eleitoral. A entidade considera a chance de aprovação da matéria como “pequena”.