Cada vez mais as pessoas estão deixando de lado o texto escrito em favor da comunicação audiovisual e essas mudanças provocadas pelas redes sociais também está chegando nas Igrejas e mudando a forma como os cristãos compartilham o Evangelho. Plataformas de vídeo e áudio estão ganhando mais atenção do público que as plataformas de textos, o que a Naomi Frizzell, da Audio Scripture Ministries (ASM), chama de sociedade pós-textual. “Se olharmos em volta, somos cada vez mais influenciados por meios orais e visuais, como arte, histórias, músicas, drama, áudio, cinema e, é claro, a sempre presente mídia digital”, declarou ela ao MNN Online. A oralidade não é novidade, mas utilizar plataformas de áudios e vídeos tem se tornado cada vez mais popular por conta da internet. É pensando neste público que a ASM tem investido em Bíblias em áudio e distribuindo não apenas nos EUA, mas também para Moçambique, México, Índia e outros 56 países. A entidade faz parte da International Orality Network (ION), uma afiliação de agências e organizações que querem tornar Jesus conhecido por comunicadores orais em todo o mundo e alimentar os movimentos de plantação de igrejas. “A mudança na forma como as pessoas comunicam e são influenciadas realmente teve um impacto significativo nas igrejas, denominações e ministérios como os meus, que estão procurando compartilhar a Palavra de Deus e o Evangelho de Jesus Cristo. Os métodos tradicionais com os quais nos baseamos anteriormente em leitura e escrita estão agora enfrentando a mudança de cenário desses diferentes métodos de comunicação”, disse. A ASM está se juntando a parceiros do Canadá e dos EUA na Conferência Regional da ION North America em 2019. Esses parceiros incluem o Movimento Lausanne Canadá, a Sociedade Bíblica Canadense, Imago Art e o Centro de Ministérios Interculturais Tyndale. Uma conferência como essa é especialmente relevante porque 2019 foi designada pelas Nações Unidas como o Ano Internacional das Línguas Indígenas. “Na Conferência Regional da América do Norte de 2019 [ION], vamos enfatizar as línguas indígenas. Vamos ouvir e aprender com líderes nessas comunidades sobre como eles estão compartilhando o Evangelho e como todos nós podemos estar envolvidos enfatizando a importância desses grupos de idiomas”, adiantou.