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28 de fevereiro de 2017
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Bolsa cai mais de 1% com notícias políticas e véspera de feriado

Imagem Reprodução

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A véspera de feriado de carnaval, que deixará os mercados financeiros no Brasil fechados até a quarta-feira (1º), levou a uma nova queda na Bolsa e a uma alta no dólar nesta sexta-feira (24). Essa correção de posições de investidores (vender ativos arriscados, como Bolsa) costuma ocorrer antes de feriados prolongados, para evitar que notícias negativas causem perdas, especialmente quando há negociações em outros países. O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, recuou 1,18%, para 66.662 pontos. No mês, a valorização é de 3,08%. Em 2017, o índice acumula ganho de 10,68%. Mas além do ajuste esperado para a véspera de feriado, o mercado doméstico balançou com notícias do campo político. Na noite de quinta, a reportagem revelou que José Yunes, ex-assessor e amigo do presidente Michel Temer, afirmou ter recebido “pacote” de Lúcio Funaro em nome do ministro Eliseu Padilha. Padilha se licenciou do cargo para uma cirurgia. As ações da Petrobras, o fio condutor das investigações de corrupção entre governo e setor privado, tiveram forte queda nesta sexta. Os papéis preferenciais recuaram 2,44%, para R$ 15,18. As ações ordinárias perderam 3,15%, a R$ 15,96.Já a Vale confirmou, nesta sexta-feira, que seu diretor-presidente, Murilo Ferreira, não deve ter seu mandato renovado. Ele deve deixar a companhia em maio. O cargo de Ferreira é motivo de disputa política desde a posse de Temer como presidente, após o impeachment de Dilma Rousseff. As ações preferenciais da companhia As ordinárias cederam 1,35%, para R$ 32,72. O saldo da semana é negativo mesmo após a forte valorização registrada no começo da semana, quando a companhia anunciou plano de pulverização do controle. O segmento financeiro, também com peso relevante no Ibovespa, teve um dia de perdas. No exterior, o dia também foi de cautela, com as Bolsas europeias encerrando no negativo. As Bolsas americanas trabalharam no vermelho durante o dia, mas fecharam em alta moderada. O dólar voltou a fechar acima do patamar de R$ 3,10, ganhando mais de R$ 0,05 centavos em um único dia. O real foi a moeda que mais se desvalorizou ante o dólar, quando comparado a uma cesta de 22 emergentes. Outras nove divisas caíram ante a moeda americana.

Na cotação à vista (referência para o mercado financeiro), o dólar encerrou o dia com alta de 1,27%, a R$ 3,1034. O dólar comercial (usado em operações de comércio exterior) ganhou 1,83%, para R$ 3,1140.

No ano, o dólar caiu 4,65% ante o real.

O CDS (Credit Default Swap, espécie de seguro contra calotes) do Brasil avançou 0,94%, para 222,167 pontos.