O tribunal internacional do Camboja, paÃs do sudoeste asiático, admitiu a comprovação do crime de genocÃdio cometido pelo Khmer Vermelho entre 1975 e 1979. Nesta sexta-feira (16), chegou ao fim o julgamento que se arrastava desde 2011. Os dois últimos lÃderes vivos do regime comunista foram condenados à prisão perpétua.
Os acusados são o ex-segundo em comando e ideólogo da organização comunista, Nuon Chea, de 92 anos, e o antigo chefe de Estado desse regime, Khieu Samphan, de 87. A decisão do juiz Nil Noon considerou comprovado o genocÃdio cometido contra grupos étnicos minoritários.
Os ex-governantes foram condenados após provada sua responsabilidade sobre uma série de acusações tipificadas como crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermÃnio, deportação, escravidão, tortura e perseguição por razões polÃticas, religiosas e étnicas.
As Câmaras Extraordinárias das Cortes do Camboja também os considerou culpados por crimes de guerra e atos desumanos, incluindo desaparições, casamentos forçados e estupro. O lÃder maior, Pol Pot, morreu em 1998 e nunca foi condenado.
No perÃodo em que o grupo guerrilheiro maoÃsta liderado por Pot esteve no poder, cerca de 1,7 milhão de pessoas morreram. O nome Khmer Vermelho é uma menção aos khmer, etnia dos lÃderes, e à cor do Partido Comunista do Camboja.