Cerca de 41 mil novas usinas de energia solar foram instaladas no Brasil em dois anos. Houve um avanço intenso no número de estabelecimentos residenciais, comerciais e industriais que passaram a produzir e consumir uma das fontes de energia renovável mais prósperas do paÃs. Entre 2016 e 2018, a capacidade instalada no Brasil pulou de 0,1% para 1,4% de toda a matriz energética nacional, de acordo com o Caderno ODS 7 – O que mostra o retrato do Brasil?, publicado na última terça-feira (7) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O documento apresenta um diagnóstico sobre o sétimo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (assegurar energia limpa e acessÃvel para todos), analisando a implementação das metas traçadas pela Agenda 2030, das Nações Unidas, bem como os compromissos de emissões globais do Brasil no Acordo de Paris. Se somada a participação das fontes solar e eólica, os dados revelam que a capacidade de geração de energia elétrica dessas duas fontes renováveis já chegou a 10,2% em dezembro de 2018. De acordo com o estudo, por causa desse significativo aumento, as demais fontes de energia diminuÃram sua participação relativa, especialmente a capacidade das usinas térmicas que usam combustÃveis fósseis. A pesquisa aponta ainda o que isso representa em consumo de energia. Nas residências, em função do número de domicÃlios que substituirão os chuveiros elétricos por aquecimento solar e por gás natural, no aquecimento de água, a conservação de energia elétrica deverá ser equivalente a 4% do consumo em 2027, quando comparado com o consumo de 2017. Enquanto isso, na energia elétrica, os ganhos de eficiência projetados permitirão, em 2027, economizar 41 TWh (terawatt-hora). Para efeitos comparativos, a economia corresponde à geração de uma usina hidroelétrica com potência instalada de cerca de 10 GW, equivalente à soma da parte brasileira da Usina Hidrelétrica (UHE) de Itaipu e da UHE de Xingó, em Alagoas (SE).