Pré-candidato a governador e ex-ministro da Cidadania, o deputado federal João Roma (PL) defendeu a atuação das chamadas comunidades terapêuticas no tratamento de dependentes quÃmicos, a exemplo da Fundação Doutor Jesus, do deputado federal baiano, Pastor Sargento Isidório (Avante), em Candeias.
A entidade foi denunciada pelo Fantástico, programa da TV Globo, no domingo (20), por maus tratos contra os internos. Entre eles castigos fÃsicos, racionamento de comida, segregação e repressão sexual, além de doutrinação religiosa interferindo nos cuidados médicos.
“A exceção não pode impor prejuÃzo a um regra de comunidades terapêuticas que já recuperaram mais de 50 mil drogados em todo o paÃs”, destacou Roma, em entrevista à Rádio Sociedade nesta segunda-feira (20).
O ex-ministro estabeleceu um paralelo entre o aumento do número de dependentes quÃmicos ao avanço, principalmente na Bahia, do tráfico de drogas e do crime organizado. Sobre o trabalho das comunidades terapêuticas, Roma deu um testemunho pessoal.
“Conheci de perto o trabalho das comunidades terapêuticas, inclusive fui lá em Guaratinguetá [no interior de São Paulo], dormi na Fazenda da Esperança, acompanhei de perto o trabalho, vi o critério.
Eles fazem um trabalho muito bonito. As mais de 50 mil famÃlias que tiveram pessoas que superaram o mundo das drogas sabem a importância das comunidades terapêuticas, o que não exclui também o trabalho dos centros psiquiátricos”, declarou.
Roma enfatizou que, na Bahia, o problema da dependência quÃmica aumenta com o avanço do tráfico de drogas no estado. “A nossa sociedade está perdendo para o mundo das drogas. A Bahia, por exemplo, tem se tornado solo fértil para o crime organizado, inclusive com a questão das drogas que chega hoje inclusive no interior. Toda hora vemos crimes bárbaros acontecendo por causa do tráfico de drogas”.
João Roma disse que é necessário haver um trabalho conjunto da sociedade no enfrentamento ao tráfico de drogas e à dependência quÃmica.
“É fundamental o fortalecimento das comunidades terapêuticas nessa luta onde nós precisamos enquanto sociedade ampliar a conscientização e avançar nisso. Mas eu sou o ferrenho defensor da participação e do trabalho das comunidades terapêuticas para a recuperação dos dependentes quÃmicos do nosso Brasil”, pontuou.