O PDT não está disposto a abrir mão da pré-candidatura do médico Isaac Nery em Itabuna, mesmo após a reunião capitaneada na tarde desta terça-feira (23) pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) na qual foi apresentada uma pesquisa apontando o deputado estadual Pancadinha (Solidariedade) como nome mais competitivo da oposição. O outro concorrente oposicionista, também presente no encontro, é o ex-prefeito Capitão Azevedo (União).
“O PDT quer colocar o seu time em campo. Vencer a eleição é uma consequência, mas ninguém vence sem entrar na disputa. Isaac Nery é um nome competitivo e tem totais chances de sagrar-se vencedor. Ele tem bons projetos para Itabuna”, disse o presidente do partido na Bahia, deputado federal Félix Mendonça Júnior, a este Política Livre.
“O partido está à disposição de Isaac, uma liderança que vem crescendo a cada eleição em Itabuna, que já prestou e presta serviços relevantes para a população do município. Já disse a ele que queremos a candidatura dele, que é estratégica para nós e é boa para os itabunenses”, emendou Félix.
O site apurou que ACM Neto deu o prazo até o final desta semana para que Isaac, convidado a ser vice de Pancadinha, se posicionasse sobre a unidade, já que havia um acordo de que o candidato da oposição em Itabuna seria aquele que se viabilizasse como o mais competitivo.
Em discurso realizado em Juazeiro do Norte, terceiro maior colégio eleitoral do Ceará, o ex-governador cearense e ex-senador Ciro Gomes (PDT), afirmou que o estado enfrenta uma “ditadura do PT”.
“O Ceará está sendo destruído pela incompetência, pela corrupção, pelo mandonismo. Há uma ditadura tentando ser construída, tirando os direitos das pessoas de escolher suas candidaturas. Tudo armado para que o novo ditador do Ceará não tenha sequer contrastes, e tenho certeza que o Cariri vai se levantar”, afirmou Gomes ao dividir o palanque com o deputado estadual Carmelo Neto (PL).
Adversário – O principal adversário do prefeito que Ciro apoia, é o deputado estadual Fernando Santana (PT-CE). Santana terá o apoio do senador Cid Gomes (PSB-CE), irmão de Ciro. O atual governador do estado é o petista Eumano de Freitas. Antes de Eumano, o Ceará estava sob comando do também petista e atual ministro da Educação, Camilo Santana que ficou no poder de 2015 a 2022.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o eleitorado para 2024 mostram que os jovens estão mais engajados nas eleições municipais deste ano. Mesmo com o voto sendo facultativo para essa faixa etária, o número de cidadãos com idade entre 16 e 17 anos aptos a votar em outubro aumentou em 80% em comparação com o pleito de 4 anos atrás.
São 1,8 milhão de pessoas nessa faixa de idade já com título de eleitor. Em 2020, eram 1 milhão. Segundo o TSE, a quantidade de eleitores com 16 anos aumentou de 239.961, em 2020, para 724.324, em 2024. No caso dos eleitores de 17 anos, o número subiu de 790.602, em 2020, para 1.111.757, em 2024.
O movimento é contrário ao dos anos anteriores, quando o número de jovens com título de eleitor vinha caindo exponencialmente. Em 2012, por exemplo, eram 2,9 milhões de jovens com títulos, mesmo com o voto facultativo. Quatro anos depois, em 2016, o número era de 2,3 milhões. Já em 2020, o número caiu drasticamente para 1,03 milhão, voltando a subir apenas em 2024.
De acordo com o TSE, a curva voltou a subir em 2022, nas eleições gerais, quando a quantidade de jovens eleitores aumentou em 52,3% em relação à última eleição geral. O tribunal acredita que o lançamento de campanhas ajudou a reverter os números e ampliar a participação dos jovens, que havia caído devido a fatores como a pandemia de Covid-19.
Em termos de gênero, as mulheres são a maioria do eleitorado. Os números indicam que 52% – ou 81,8 milhões – dos brasileiros aptos a votar são mulheres. Dos eleitores, 27,04% têm o ensino médio completo; 22,48% têm o ensino fundamental incompleto; e 3,57% são analfabetos. A maior parte dos eleitores tem entre 45 e 59 anos, seguidos pelos de 35 a 44 anos.
As eleições municipais de 2024 para a escolha de vereadores e prefeitos ocorrerão em 6 de outubro em cerca de 5,5 mil municípios brasileiros. O segundo turno poderá ser realizado em 27 de outubro nos municípios com mais de 200 mil eleitores, caso nenhum candidato à prefeitura obtenha, no primeiro turno, mais da metade dos votos válidos, excluídos os brancos e nulos.
O PT apresentará na próxima quarta-feira (24) para seus candidatos na eleição municipal uma pesquisa mostrando como vota o eleitorado que tem o partido como referência.
Um dos objetivos do levantamento é traçar estratégias para a legenda aumentar seu número de vereadores.
O PT tem cerca de 6% dos vereadores do país, patamar bem abaixo da sua popularidade aferida por pesquisas.
“As sondagens de opinião mostram que o PT é disparado o partido de maior preferência entre os brasileiros, em alguns casos chegando a 30% das menções”, diz o secretário de Comunicação da legenda, Jilmar Tatto.
O objetivo, segundo ele, é que os percentuais de popularidade e de vereadores fiquem mais próximos.
“Temos problemas de organização, linguagem e abordagem das pessoas, tanto em campo como nas redes sociais. Muitas vezes somos vítimas nas cidades de caciquismo e coronelismo. A pesquisa aborda tudo isso”, diz Tatto.
A partir desta segunda-feira (22), eleitores interessados em alterar temporariamente seção ou local de votação podem fazer a solicitação junto à Justiça Eleitoral. A medida vale apenas para mudanças para seções localizadas no mesmo município em que o eleitor esteja inscrito. O primeiro turno das eleições municipais de 2024 será no dia 6 de outubro.
O prazo para a solicitação da transferência temporária encerrará no dia 22 de agosto. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a transferência temporária só pode ser requisitada por eleitores em situação regular no cadastro eleitoral.
Ela é adotada com o intuito de “permitir que pessoas, em razão do trabalho, de dificuldades de locomoção ou por estarem privadas provisoriamente de liberdade, possam votar em seções eleitorais diferentes das que estão registradas”.
Quem pode solicitar – Entre os eleitores que podem pedir a transferência temporária estão presos provisórios e adolescentes em unidades de internação; militares, agentes de segurança pública e guardas municipais em serviço; pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida; indígenas, quilombolas, integrantes de comunidade tradicional ou residentes em assentamento rural; juízes (inclusive auxiliares), servidores da Justiça Eleitoral e promotores eleitorais. Mais detalhes sobre a transferência temporária de local de votação podem ser obtidas no site do TSE.
O vice-presidente do União Brasil e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, participou na manhã deste sábado (20) da convenção que homologou os nomes de Débora Régis (União Brasil) para prefeita e Mateus Reis para vice-prefeito de Lauro de Freitas. Em seu discurso, Neto ressaltou sua trajetória à frente da Prefeitura de Salvador. O evento foi realizado no Cerimonial Cosme e Damião.
“Em 2012, eu não tinha presidente, governador ou ministro ao meu lado, mas tinha o povo. E foi com o povo que ganhei as eleições e iniciei as grandes transformações na cidade que hoje são referência para todo o Brasil”, afirmou. A convenção de Lauro de Freitas foi a primeira que contou com a participação de ACM Neto este ano e aconteceu no mesmo dia da morte do senador Antonio Carlos Magalhães (20 de julho de 2007).
Neto disse também que Débora Régis pode contar com o seu apoio para administrar a cidade. “O comando será seu (Débora), mas estarei sempre ao seu lado para o que precisar, assim como o prefeito Bruno Reis”. Muito aplaudido em seu discurso, ACM Neto afirmou também que Débora Régis vai tirar “Lauro de Freitas do vermelho e colocar no azul”.
O prefeito Bruno Reis afirmou que todos os moradores precisam se mobilizar para eleger Débora Régis. “Cada eleitor precisa conversar com amigos e espalhar a mensagem de mudança, mostrar que Débora Régis e Mateus Reis são os únicos nomes que podem fazer a verdadeira transformação em Lauro de Freitas”.
Vice apoia Débora Régis – Pouco antes do início da convenção, Débora Régis recebeu um importante apoio. O vice-prefeito em exercício da cidade, Dr. Vidigal, anunciou que aderiu à campanha da candidata do União Brasil. “Débora Régis é o melhor nome para administrar a cidade e fazer as obras que a população merece, as obras que vão devolver a esperança aos moradores de Lauro de Freitas”.
Muito emocionada, Débora Régis disse que ACM Neto foi fundamental para a sua candidatura. “Quando eu estava cassada, você sempre esteve ao meu lado, nós choramos juntos por tanta injustiça. Mas quando Deus e o povo querem, a vitória é certa e nós vamos ganhar as eleições no dia 6 de outubro “.
Débora Régis disse também que vai devolver a autoestima à população. “Vamos iluminar ruas e avenidas, que hoje estão totalmente na escuridão, construir campos com grama sintética e refeitórios populares, investir muito na saúde e na educação, enfim, reconstruir Lauro de Freitas”.
Além dos líderes da oposição na cidade, participaram da convenção os prefeitos Bruno Reis e Elinaldo (Camaçari), o deputado federal João Leão, parlamentares estaduais e vereadores e dezenas de candidatos à Câmara de Lauro de Freitas de todos os partidos que integram a coligação de Débora Régis.
O vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, afirmou neste sábado (20) que a possível reeleição da prefeita Sheila Lemos em Vitória da Conquista será simbólica para o partido. Ele fez a declaração durante convenção que confirmou as candidaturas da correligionária e de seu vice, Aloísio Alan (Republicanos).
“Sheila representa uma grande prefeita, uma prefeita que vem superando todas as dificuldades, que teve coragem para tomar as medidas duras, porém necessárias para organizar a gestão. Chega agora, graças a Deus, no melhor momento do seu governo,” afirmou ACM Neto.
“Será simbólica para o União Brasil a vitória de Sheila. Nós estamos fechados com Sheila. Nós vamos dar o apoio que ela precisar e, se Deus quiser, vamos construir uma grande memória para o Deus por esse ano”, acrescentou o ex-prefeito de Salvador.
ACM Neto também comparou a experiência de gestão em Vitória da Conquista com sua própria vivência como prefeito da capital baiana. “E é claro que a gente sabe a importância de ter um bom prefeito ou uma boa prefeita. Isso faz toda a diferença, eu vivi essa experiência em Salvador. A importância que Vitória da Conquista tem na região, em todo o estado, e a minha confiança em Sheila, que vai ser reeleita, que vai continuar esse trabalho muito importante que ela vem fazendo aqui na cidade,” disse.
Durante o seu discurso no evento, ACM Neto lembrou os 17 anos da morte do senador Antônio Carlos Magalhães, seu avô.
“Hoje também é um dia de memória para mim, porque há 17 anos, no dia 20 de julho, nos deixava o meu queridíssimo avô Antônio Carlos Magalhães. E eu não posso deixar de prestar essa homenagem hoje para ele, principalmente aqui em Vitória da Conquista, onde ele teve uma trajetória maravilhosa, onde ele construiu muitos amigos, onde ele deixou a sua marca”, afirmou.
O número de novos eleitores com 16 e 17 anos voltou a subir no Brasil em 2024. Segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) analisados pela Folha, 1.836.081 eleitores nessa faixa etária estão aptos a votar nas eleições municipais de 2024, um aumento de 78% em relação aos 1.030.563 que estavam aptos em 2020.
A população de jovens com 16 e 17 anos no Brasil é de 5,8 milhões, 2,8% do total, segundo dados do Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O voto, no entanto, é facultativo para essa faixa etária, assim como para idosos com mais de 70 anos e analfabetos.
Os jovens com voto facultativo representam 1,18% do total do eleitorado em 2024, que é de 155,9 milhões de pessoas que podem votar. Em 2020, a faixa etária de 16 e 17 anos representou só 0,7% dos 147,9 milhões de eleitores.
Uma das explicações para a quantidade tão baixa em 2020 é o fechamento físico dos cartórios eleitorais por conta das medidas de restrição de circulação durante a pandemia de Covid-19.
O aumento deste ano interrompeu a tendência de queda nas últimas eleições municipais, mas não foi suficiente para equiparar o número de eleitores de 16 e 17 anos ao de 2008 (2,9 milhões), início da série histórica dos dados do TSE com divisão por faixa etária.
De forma geral, o eleitorado brasileiro cresceu 5,4% e chegou a 155.912.680 de eleitores, ante 147,9 milhões em 2020, ano da última eleição municipal.
O estado com o maior percentual de eleitores adolescentes é o Maranhão, com 3,13%. Na sequência estão Roraima, com 2,74%; Tocantins, com 2,65%; Acre, com 2,57%; e Amapá, com 2,45%.
As eleições deste ano escolherão prefeitos e vereadores dos municípios brasileiros e ocorrerão no dia 6 de outubro para o primeiro turno e 27 de outubro para o segundo, este restrito apenas para cidades com mais de 200 mil eleitores.
O cálculo do TSE não engloba os eleitores do Distrito Federal e Fernando de Noronha (PE), onde não haverá eleição neste ano.
A presidente da corte, ministra Cármen Lúcia, afirmou em carta publicada pelo TSE que o aumento na quantidade de votantes se deve à sistematização do cadastramento eleitoral e é retrato de um cenário de construção da cidadania e consolidação dos direitos.
As duas maiores cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro, também possuem a maior quantidade de pessoas aptas a votar, com 9,3 milhões e 5 milhões, respectivamente.
O estado de São Paulo é o maior colégio eleitoral do país, com 34.403.609 eleitores, o que corresponde a 22% do total. São 18,22 milhões de mulheres (53%) ante 16,16 milhões (47%). O total corresponde a 77,46% do número de habitantes do estado. Só a capital concentra 27% do eleitorado estadual.
ELEIÇÃO É A PRIMEIRA COM IDENTIDADE DE GÊNERO
Os dados do eleitorado de 2024 divulgados pelo TSE na noite desta quinta-feira (18) trazem novidade em relação às eleições passadas. Pela primeira vez, os eleitores tiveram a opção de informar sua identidade de gênero.
Do total de 155,9 milhões de eleitores aptos a votar, apenas 10% atualizaram o título de eleitor com essa informação. Entre os títulos atualizados, 89,17% se declararam cisgênero (pessoas que se identificam com o gênero designado no nascimento), 10,53% preferiram não informar, e 0,3% se declararam transgênero (que não se identificam com o gênero designado no nascimento).
Das 47.222 pessoas que se declararam transgênero, 11.740 já usavam o nome social no título de eleitor, recurso disponibilizado para pessoas transexuais e travestis pelo TSE a partir de 2018.
Nestas eleições, 41 mil pessoas trans pediram para que conste no documento o nome pelo qual são reconhecidas socialmente, número recorde.
A inclusão da declaração de identidade de gênero pelo TSE pode contribuir para o mapeamento da população trans no Brasil, já que não há ainda uma estimativa oficial no país.
Em 2023, o IBGE também anunciou que vai estimar, pela primeira vez na história, o tamanho da população trans, travesti e não binária por meio da PNAD (Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde), mas a divulgação dos resultados só está prevista para o fim deste ano.
Um prestador de serviços temporários da Prefeitura de Pindaí, sudoeste da Bahia, tem causado polêmica no município ao aparecer nas redes sociais desafiando opositores com apostas de altos valores. Osmildo Souza Carvalho tem um contrato de R$ 1.900 mil mensais com o Executivo municipal.
No primeiro vídeo de 38 segundos Osmildo aparece deitado em cima de uma mesa de sinuca, com cédulas de R$ 100 e 50 reais. “Ô meu Deus do céu, que vida. Cadê essa Touro. Ei, 70, se tiver coragem. Tô aqui no bar de Priquitão”, comenta Osmildo.
No segundo vídeo, que chegou a este Política Livre, o apostador desafia outros opositores. Ele disse que são R$100 mil ali expostos, além de afirmar que com o valor pode “forrar a mesa”. O funcionário temporário ainda recebe orientação de uma segunda pessoa que não aparece no vídeo. “Ô 11 bom”, diz ele.
Além de prestador de serviço, Osmildo é aliado do prefeito João Veiga (PP), pré-candidato à reeleição. As postagens geram polêmica porque apostado é muito superior à renda mensal e não há informação de que tenha fonte alternativa de sustento. O salário do Osmildo consta no Portal da Transparência.
Além do pré-candidato João Veiga, Ionaldo Aurélio Prates, conhecido como Naná (Avante), também é pré-candidato a prefeito em Pindaí.
Não é difícil deduzir porque, segundo línguas ferinas do PT e de partidos aliados ao governo do Estado, a pesquisa Paraná sobre a sucessão municipal divulgada na última segunda-feira levou amargura aos responsáveis pela campanha de Geraldo Jr. (MDB) à Prefeitura de Salvador.
Os números não mostram apenas a consolidação da candidatura à reeleição do prefeito Bruno Reis (União Brasil), com perspectiva concreta de vitória folgada no primeiro turno. Revelam, na verdade, que o efeito da passagem do presidente Lula por Salvador, na festa do 2 de Julho, desta vez programada com o objetivo estrito de fortalecer o emedebista, foi simplesmente nulo.
Exatamente isso! Montado pelo senador petista Jaques Wagner, coproprietário da candidatura de Geraldo Jr. junto com o ex-ministro Geddel Vieira Lima, que comanda o MDB, o palanque com Lula cujo objetivo era impulsionar o vice-governador do Estado como nome do presidente, do governo e da esquerda em Salvador acabou dando, na verdade, um verdadeiro chabu.
Afinal, quem acabou crescendo de junho, antes da vinda de Lula à Bahia, para cá foi o prefeito de Salvador – de 64% para 67,6% nas intenções de votos dos soteropolitanos. Seu governo, aliás, segundo o mesmo levantamento, é aprovado por 75,3% dos entrevistados.
Mas o mais desesperador para o time de marketing que acompanha Geraldo Jr. foi perceber que, se Lula não conseguiu ajudar o emedebista a crescer nas intenções de voto, que oscilou de 11%, em junho, para 12,5%, no levantamento atual, sequer também pode colaborar para reduzir seu índice de rejeição, da ordem de 37,1%, o mais alto entre todos os candidatos.
O número surpreende para alguém que nunca assumiu um cargo executivo, além da presidência da Câmara de Salvador. Seu maior modelo de comparação pode ser o próprio Bruno que, depois de anos como secretário de ACM Neto (União Brasil), quatro deles como prefeito, registra 17,9%, o menor entre os postulantes.
Capaz de levar um quadro político ao divã, com inúmeros questionamentos existenciais, o percentual impactante da rejeição a Geraldo ele deve ter elementos para poder explicar a si próprio, sem censura, diante do espelho. As razões para que seu nome não consiga ser impulsionado pelo esforço lulista, apesar da gesto da mão estendida pelo demiurgo do PT, no entanto, encontram explicações várias não só entre políticos, como entre marqueteiros e analistas. Apontada como a principal delas, está a falta evidente de liga, porque falsa, da tentativa de associação entre seu nome e o do presidente da República e a esquerda.
Sob o signo do diferença do joio em relação ao trigo, não há investida neste sentido, visando vincular um ao outro, que prospere. Se persistirem nesta batida, por falta de outros argumentos para atrair o voto para o emedebista, seus marqueteiros darão com os burros n´água.
Afinal, a estratégia despreza a identidade do candidato, cuja trajetória não encontra um ponto sequer de conexão com o campo político em que se encontra hoje. Geraldo Jr. forjou-se no grupo do ex-prefeito ACM Neto e de Bruno até o acordo repentino que o colocou como vice do candidato a governador Jerônimo Rodrigues (PT), processo do qual emergiu, ao mesmo tempo, como um vitorioso e um traidor.
O empresário Rodrigo Boa Sorte (PSD) retirou a pré-candidatura dele à Prefeitura de Guanambi, na região sudoeste da Bahia. O anúncio foi feito na noite de quarta-feira (17), pelas suas redes sociais. Em um vídeo, o empresário diz que optou por desistir de concorrer ao cargo de prefeito, após ser indicado pelo PSD.
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Boa Sorte substituiu o deputado federal Charles Fernandes na disputa e tinha o apoio da deputada estadual Ivana Bastos. Em pouco mais de 2 minutos de pronunciamento, Boa Sorte disse que buscou apoio nos últimos meses, mas entende que não tem recebido o real apoio e não é a escolha de alguns do seu partido.
“Aceito essa realidade com a cabeça erguida, sou um homem de bom senso. O PSD saberá tomar o melhor posicionamento para as eleições desse ano”, disse Rodrigo.
Agora ex-pré-candidato a prefeito, agradeceu o apoio recebido da deputada Ivana Bastos (PSD), bem como dos pré-candidatos a vereador e, em especial, sua equipe, esposa e filhos. Ele disse que retira seu nome com a mesma tranquilidade que colocou à disposição da população guanambiense.
Durante seu pronunciamento, Boa Sorte não cita o deputado federal Charles Fernandes (PSD). Na condição de anonimato, um pré-candidato a vereador do PSD informou que Boa Sorte se viu abandonado pelo deputado, além disso, lembrou da falta de apoio do deputado ao então candidato à reeleição em 2020, Jairo Magalhães.
Em abril, o Partido Social Democrático anunciou Rodrigo Boa Sorte, como pré-candidato. Na época, Charles Fernandes não compareceu ao lançamento da pré-candidatura de Rodrigo.
Com a desistência de Rodrigo, estão na disputa Rui Azevedo (PT) e Nal Azevedo (Avante), prefeito e pré-candidato à reeleição.
Leia íntegra do Comunicado:
Continue lendo…A partir deste sábado (20), até o dia 5 de agosto, partidos e federações poderão realizar convenções partidárias para deliberar sobre coligações e escolher seus candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador para as Eleições Municipais de 2024. Após esta definição, as agremiações terão até 15 de agosto para oficializar suas candidaturas na Justiça Eleitoral.
As convenções partidárias são reuniões de filiados a um partido político para debater assuntos de interesse do grupo ou para escolha de candidatos e formação de coligações (união de dois ou mais partidos a fim de disputarem eleições). A legislação que dispõe sobre a matéria é composta pela Lei nº 9.504/1997, a Lei das Eleições; pela Resolução TSE 3.609/2019; e pela Lei 13.165/2015, a Lei da Reforma Política.
O servidor Jonas Oliveira Dias Júnior, da Seção de Gerenciamento de Registro de Dados Partidários e Candidatos do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia alerta que só poderá fazer convenção o Partido que tiver um órgão municipal vigente anotado na Justiça Eleitoral. “Ainda assim, após a convenção, os Partidos têm até o dia seguinte para submeter a ata”, reforça o servidor.
A partir da escolha dos candidatos e submissão para a Justiça Eleitoral da ata dos partidos e federações, iniciam-se os procedimentos para o registro de candidatura. “Quando recepcionarmos os pedidos de registro, vamos utilizar essa mesma ata, já que ele é parte integrante do processo”, finaliza Jonas.