Vice-líder do governo Jerônimo (PT) na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o deputado Roberto Carlos (PV) declarou apoio à candidata a prefeita de Lauro de Freitas Débora Régis (União Brasil), aliada de ACM Neto, um dos líderes da oposição ao grupo petista no estado.
Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, o parlamentar disse que Débora é hoje a melhor opção para o município da região metropolitana de Salvador. Ele, contudo, não menciona o nome do prefeiturável petista Antñio Rosalvo.
“Eu sou do time de Lula, sou vice-líder do governador Jerônimo Rodrigues, mas reconheço que melhor para Lauro de Freitas é Débora, pelo seu passado, pela sua competência, pelo seu comprometimento com a população. Por isso que eu digo: é 44 na cabeça, no coração e nas urnas. Estamos juntos”, disse Roberto Carlos.
“Dia 6 de outubro está se aproximando e é preciso votar com responsabilidade, porque é o futuro da nossa cidade que está em jogo”, afirmou.
Nos últimos dias, candidatos a vereador de diversos partidos da base da prefeita Moema Gramacho e de Rosalvotambém decidiram apoiar Débora.
O candidato a prefeito de Ilhéus, Coronel Resende (PL), desistiu de concorrer a cadeira do Executivo do sul baiano para apoiar o nome do seu então adversário, Valderico Júnior (União Brasil). O anúncio da saída do pleito eleitoral foi feito nas redes sociais do político.
“A Direção Estadual do Partido Liberal, em consonância com as diretrizes estabelecidas pela Executiva Nacional para a campanha eleitoral municipal de 2024, decidiu não dar continuidade à candidatura própria a prefeito de Ilhéus, após uma análise do cenário”, iniciou o agora ex-postulante.
A saída do liberal da disputa foi orientada pelo deputado federal Capitão Alden e endossada pelo presidente da sigla, João Roma. A justificativa para a retirada da candidatura de Coronel diz respeito à tentativa de conter o avanço do PT, que afiança o nome da ex-secretária de Educação, Adélia Pinheiro, na cidade.
“Chegamos a conclusão que neste momento era muito importante unirmos forças visando o não avanço do PT. A eleição de Ilhéus se desdobrou dando de fato um acirramento e colocando de maneira muito clara a possibilidade de vitória [de Valderico] com a nossa chegada”, disse Roma, em vídeo de pronunciamento publicado nas redes sociais.
Presidido por Gilberto Kassab, secretário estadual de governo em São Paulo e considerado um hábil articulador político, o PSD é o partido com mais prefeitos que disputam a reeleição neste ano: são 568 candidatos em busca de renovar o mandato. A condição de lançar candidatura no cargo é considerada uma vantagem, não apenas por controlar a máquina pública, mas porque torna o postulante mais conhecido na população.
A nível de comparação, na última eleição municipal, em 2020, os prefeitos candidatos à reeleição eram 17% do total, e foram cerca de 37% dos eleitos. A informação consta do livro “A reeleição de prefeitos em 2020: eleitorado, coligações e organização partidária nas eleições municipais brasileiras”, apresentado no programa de pós-graduação da UFSCar em 2023 por Zara Rego de Souza.
“A vantagem é sempre ter a máquina nas mãos”, disse o pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV) Marco Antonio Teixeira, especialista em política brasileira e eleições. “Candidato à reeleição não precisa abdicar do cargo, e seus atos em plena campanha eleitoral são simultaneamente atos de campanha e atos de governo”, declarou.
O senador Omar Aziz (AM), vice-presidente do PSD, atribuiu a situação de liderança à quantidade de prefeitos que o partido filiou em São Paulo. A ofensiva de Kassab em solo paulista tem irritado o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. “Aqui no Amazonas, os prefeitos que eu tenho são candidatos à reeleição”, declarou o senador à reportagem. “Eleição municipal não é uma eleição nacional, o cara vota no prefeito que vai estar do lado dele”. Em 2020, o PSD elegeu 662 prefeitos. Só ficou atrás de MDB e PP em número de prefeituras conquistadas.
Aziz mencionou como exemplo Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio de Janeiro e favorito à reeleição na cidade de Jair Bolsonaro, mesmo sem ser bolsonarista. O senador citou a vantagem de quem concorre no cargo, mas ressaltou que ainda assim os resultados são imprevisíveis. “Eleição a gente sabe só como começa”.
O segundo partido com mais candidatos à reeleição no País é o MDB. Para o líder da sigla na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), o instituto da reeleição fez com que a máquina pública ganhasse uma importância grande nas corridas eleitorais. Ele também destacou o impacto da disputa municipal deste ano para as próximas eleições gerais. “O resultado deste ano é que será a base das decisões que envolverão o planejamento para 2026″, afirmou à reportagem.
Pelo segundo final de semana consecutivo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), abriu espaço na agenda de trabalho e pessoal para participar de eventos de campanha de aliados na Bahia. Porém, embora tenha ido até à vizinha Lauro de Freitas, novamente ignorou o candidato do MDB em Salvador, o vice-governador Geraldo Júnior.
Entre sábado (21) e domingo (22), Rui visitou, além de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, os municípios de Barreiras, no Oeste, e Vitória da Conquista, no Sudoeste do Estado. Esteve ao lado, respectivamente, dos candidatos Antonio Rosalvo, Tito Cordeiro e Waldenor Pereira, todos do PT.
Como já revelou o Política Livre, Rui despreza a candidatura de Geraldo Júnior (clique aqui para ler). A participação do ministro na campanha em Salvador se limitou a gravações para a propaganda eleitoral do emedebista. O fato já chamou, inclusive, a atenção da imprensa nacional.
Por outro lado, Rui, que antes do início oficial da disputa havia declarado à imprensa que não teria tempo de participar da campanha na capital por conta dos compromissos em Brasília, já esteve em atos eleitorais de aliados próximos nas cidades de Valença, Camaçari, Ilhéus e Itabuna.
Ao mesmo tempo em que intensifica a agenda eleitoral na Bahia, Rui também tem dado demonstrações cada dia mais claras de que pretende concorrer ao Senado em 2026, como deixou claro em uma entrevista neste final de semana para o jornal O Globo (clique aqui para ler).
No início do mês, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) anunciou a alteração de 53 locais de votação em dez municípios do estado, por questões relativas à segurança. A maioria dessas mudanças ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, mas há também modificações em Duque de Caxias, Belford Roxo, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Japeri, Itaguaí, Niterói, Itaboraí e Sapucaia. Em todo o estado, 171 mil eleitores foram afetados pelas alterações. A decisão, segundo o presidente do tribunal, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, foi motivada pelo fato de esses locais de votação estarem sujeitos a ações do crime organizado.
Para especialistas ouvidos pela Agência Brasil, a infiltração de grupos criminosos na política é uma das grandes ameaças das eleições municipais não só no estado do Rio, mas no país como um todo. Para garantir que seus candidatos sejam eleitos, essas organizações podem recorrer a violências, ameaças e coação contra adversários e também contra eleitores.
“É um processo que vem acontecendo no Brasil faz tempo, mas que é relativamente novo nas grandes metrópoles: o crime organizado aprendeu a trabalhar de dentro do Estado. Nos rincões do Brasil, sobretudo no Norte do Brasil, isso é mais antigo: um crime organizado que elege políticos e interfere no processo eleitoral. No Rio de Janeiro, em São Paulo, ou em João Pessoa, isso é mais novo”, explica o doutor em Ciências Policiais e Segurança Pública Alan Fernandes, pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Para ele, no dia da eleição, há um risco de coação, por esses grupos criminosos, contra eleitores, para que eles votem em determinado candidato ou mesmo deixem de comparecer aos locais de votação.
“O principal risco é o impedimento de comparecimento em determinadas zonas eleitorais. Em lugares que são dominados pela violência, pelo crime organizado, existem casos em que as pessoas são impedidas de comparecer ao local de votação, a depender do interesse político daquela facção. O segundo problema, nesses locais de votação, é a coação aos eleitores para que eles votem em determinado candidato de preferência daquele grupo armado”, afirma Fernandes.
Medidas
No Rio de Janeiro, as milícias são um dos grupos armados que têm se aproveitado da política e da participação no Estado para fortalecer sua atuação. Em consequência, novas medidas vêm sendo tomadas pelos tribunais para garantir a lisura do processo eleitoral.
A proibição de uso de celulares e câmeras em cabines de votação, adotada em 2008, por exemplo, foi uma reação do TRE-RJ a informações de que traficantes e milicianos estavam obrigando eleitores a registrar seu voto na urna, para comprovar que estavam votando nos candidatos indicados pelos grupos criminosos. A medida acabou sendo adotada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para todos os estados nas eleições municipais daquele ano e, depois, incorporada à legislação eleitoral em 2009.
Miguel Carnevale, pesquisador do Grupo de Investigação Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Giel/UniRio), explica que essa atuação dos grupos criminosos sobre os eleitores é ainda mais forte nas eleições municipais.
“Você vê muito contato de vereadores com as comunidades e muita força do crime organizado [para a eleição de seus candidatos escolhidos]. Acredito que, para o Rio de Janeiro, a entrada do crime organizado para a política seja um tópico especialmente sensível. Isso afeta certas relações, cria laços clientelistas”, explica.
Pesquisador do Laboratório de Estudos sobre Política e Violência da Universidade Federal Fluminense (Lepov/UFF), André Rodrigues afirma que as eleições municipais são sempre mais violentas do que as eleições estaduais e federais, de acordo com os estudos feitos pelo Lepov/UFF no Grande Rio e litoral sul fluminense. “São as eleições onde a gente vê mais interferência violenta na política”, afirma. “Há três mecanismos que os grupos criminosos adotam e que ameaçam as eleições: as ameaças veladas, como declarações explícitas de voto de alguém que controla uma localidade; a proibição de que alguns candidatos façam campanha em áreas de milícia ou de tráfico; e a eliminação violenta de opositores. Só na Baixada Fluminense, de 2015 para cá, a gente já contabilizou 60 assassinatos de pessoas implicadas na política local”.
Apesar de a maioria desses mecanismos ser usada no período de campanha, a coação de eleitores pode ocorrer também em dia de eleição, segundo Rodrigues. Por isso, ele acredita que a mudança de locais de votação é bem-vinda. “Isso não elimina os mecanismos de que eu falei, mas pelo menos pode criar um contexto, no dia [da votação], de maior segurança para os votantes, para que não tenham que votar exatamente no local onde aquele criminoso domina diretamente”. Ele lembra que “na última eleição municipal, em Paraty e em Angra dos Reis, a gente ouviu muitos relatos de pessoas com pinta de miliciano, com tom ameaçador, se posicionando em frente à seção eleitoral”.
Outros casos de violência
Mas não é apenas a participação do crime organizado que ameaça a segurança das eleições. Há casos de violência entre candidatos e entre eleitores por questões ideológicas, por exemplo. O pesquisador Miguel Carnevale alerta que no mês de setembro, na reta final das campanhas de primeiro turno das eleições, é possível ver um acirramento das situações de violência eleitoral. “É quando esses números começam a aumentar, tanto a violência política como um todo, como a sua forma mais radical, que são os homicídios”.
Para ele, as redes sociais podem ter um papel de amplificação dessa violência eleitoral. “Você dá a chance para indivíduos com questões políticas problemáticas para expor tendências violentas. Você vê muitas ameaças nas redes sociais. As redes sociais são o principal foco para ofensas, sejam misóginas, racistas, LGBTfóbicas. É nesse espaço que se concentra esse tipo de crime. Violências psicológicas se dão majoritariamente por esse veículo”, destaca Carnevale.
Um levantamento trimestral do Giel/UniRio, chamado Observatório da Violência Política e Eleitoral, registrou, entre abril e junho deste ano, período anterior ao das campanhas eleitorais oficiais, 128 casos de violência contra lideranças partidárias em todo o país, mais que o dobro do trimestre anterior (59) e 24% maior do que o segundo trimestre de 2022 (103), quando ocorreram as eleições federais e estaduais. As ameaças foram a principal ocorrência, mas pelo menos 25 assassinatos foram registrados, dos quais seis ocorreram no Rio, o estado com mais ocorrências. Os cargos políticos ligados à esfera municipal continuam sendo a categoria mais atingida, segundo o Observatório da Violência Política e Eleitoral.
Neste mês, o Ministério da Justiça e Segurança Pública estendeu o prazo de permanência de homens da Força Nacional de Segurança no estado do Rio de Janeiro por mais 90 dias, o que inclui as datas de campanha e votação. A Secretaria Estadual de Segurança do Rio informou que a Polícia Militar está fechando seu planejamento operacional para os dias de votação e, em breve, divulgará à imprensa.
A disputa por prefeituras baianas pode interferir no cenário da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Isso porque cinco deputados estaduais são candidatos a prefeituras nas eleições deste ano. Caso os deputados estaduais sejam eleitos prefeitos ou vice-prefeito (no caso de Pablo Roberto), suplentes assumem as cadeiras no Legislativo baiano,
Disputam prefeituras de cidades baianas os parlamentares Cláudia Oliveira, Eures Ribeiro, ambos do PSD, Fabrício Pancadinha (Solidariedade), Raimundinho da JR (PL) e Pablo Roberto (PSDB). Este último é candidato a vice-prefeito na chapa majoritária de José Ronaldo (União Brasil), que concorre à prefeitura de Feira de Santana.
Claudia Oliveira tenta alcançar o Executivo de Porto Seguro, no sul baiano, pela terceira vez. Ela foi eleita deputada estadual pela primeira vez em 2010. Na ocasião, era filiada ao PT do B (atual Avante). Dois anos depois, deixou o cargo na Alba para assumir a prefeitura de Porto Seguro, em 2012, pelo PSD. Foi reeleita gestora em 2016, e retornou ao Legislativo estadual em 2022. Ela concorre com o atual prefeito Jânio Natal (PL), Alyson Montezano (Novo), Gabriella Borges (PSOL) e Luigi Rotunno (PSDB).
Quem também tenta um terceiro mandato municipal é o deputado Eures Ribeiro. Ele foi eleito prefeito de Bom Jesus da Lapa, no Vale São-Franciscano, em 2012 e foi reconduzido em 2016. Antes disso, já havia sido eleito vereador da cidade pelo PV, em 2004. Quatro anos depois, tentou o comando do Executivo, mas não foi eleito. Neste ano, disputa a vaga com o atual prefeito Fábio Nunes (PT), Joãozinho Magalhães (PRD) e Patricia Assis (PMB).
Em Itabuna, no sul baiano, Fabricio Pancadinha disputa a prefeitura com o atual prefeito Augusto Castro (PSD), Chico França (PL), Isaac Nery (PDT) e a professora Cleonice Monteiro (Rede). Pancadinha foi eleito vereador da cidade em 2020, pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN), e deputado estadual em 2022, já pelo Solidariedade.
Após duas tentativas fracassadas, uma como prefeito, em 2016, e outra como vice-prefeito, em 2020, o deputado Raimundinho da JR tenta alcançar o Executivo de Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador. Ele, que já foi filiado ao PRB (atual Republicanos) e ao PDT, disputa a prefeitura com o atual prefeito Alberto Castro (PSDB) e Jussara Nascimento (PT).
Na Bahia, dois deputados federais concorrem a prefeituras: Zé Neto e Waldenor Pereira, ambos do PT, disputam os Executivos de Feira de Santana e Vitória da Conquista, respectivamente.
O vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, culpou o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), durante uma caminhada, nesta quinta-feira (19), pelo aumento da violência no estado e pelo impacto desse cenário nas campanhas eleitorais. Em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, o tráfico de drogas tem exercido uma influência direta no processo eleitoral.
O influenciador e policial militar Daniel Fernando denunciou que a facção criminosa Comando Vermelho (CV) estaria impondo restrições à circulação de candidatos no bairro de Portão, permitindo apenas a campanha do candidato a prefeito Antônio Rosalvo (PT) e de dois vereadores. A situação mais crítica ocorre nas localidades de “Queira Deus” e “Pé Preto”. Além disso, moradores foram intimidados e proibidos de manifestar apoio a candidatos da oposição. Em um caso extremo, o CV teria interferido até em um funeral local, reservando o cemitério exclusivamente para membros da facção.
“Essa hoje é a realidade de Salvador, de Lauro de Freitas, de grandes cidades. A gente ouve o relato de muitos candidatos a vereador e agora de uma candidata a prefeita, que são proibidos de entrar em um território que devia ser livre, afinal de contas a campanha é o momento da democracia, e tem um culpado, o que se chama Jerônimo Rodrigues, culpado da violência na Bahia, culpado da Bahia ser campeão de homicídios”, declarou Neto.
Ele também acusou o governador de “assistir a tudo isso de braços cruzados”, permitindo que a situação fugisse ao controle. Neto concluiu com uma previsão política: “A resposta está vindo em Salvador e Lauro de Freitas em grande estilo e aqui nas duas cidades a derrota também será dele, no dia 6 de outubro”.
Acusada de liderar um esquema de aliciamento violento de eleitores, a vereadora de João Pessoa, Raíssa Lacerda (PSB), foi presa pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (19).
A prisão ocorreu durante uma operação da PF que tinha como objetivo combater o crime de aliciamento violento de eleitores. De acordo com as autoridades e testemunhas ouvidas na operação, o esquema da candidata à reeleição consiste em tentar obrigar pessoas de determinados bairros a votarem nela.
Além da edil, outras três pessoas identificadas como Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos, Taciana Batista do Nascimento e Kaline Neres do Nascimento, foram presas. Um quinto suspeito com mandado de prisão está sendo procurado. Elas foram encaminhadas para a Penitenciária Júlia Maranhão em João Pessoa.
A prefeita de São Sebastião do Passé, Nilza da Mata (PSD), contratou o mesmo escritório de advocacia do candidato a prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), para tentar evitar a cassação do seu registro de candidatura e o do vice-prefeito, Luciano Lago (Avante), na representação movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE-BA), que aponta prática de conduta vedada a agentes públicos durante o período eleitoral.
Perícia do Serviço de Inteligência do Ministério Público da Bahia (MPB-BA) apontou um reajuste salarial de professores efetivos do município de 8%, mais que o dobro dos 3,65% da recomposição salarial de inflação permitido nos 180 dias antes das eleições até o dia da posse dos candidatos eleitos.
Para responder ao prazo dado pela juíza eleitoral da 128º Zona, Andrea Souza Tostes, a atual gestora contratou o escritório Ismerim Advogados Associados.
Na contestação, assinada pelo advogado Ademir Ismerim, a defesa cita “ausência de prova idônea” e “alegação genérica” de que houve aumento salarial superior à recomposição salarial.
“Não é demais lembrar que para fins de responsabilização do agente não se admite a mera presunção da irregularidade, de modo que está deve estar provada nos autos, de forma inconcussa, por meio de provas robustas”, rebate o defensor.
A defesa da candidata à reeleição propõe “alternativamente acaso este Juízo entenda ter havido a prática da conduta vedada, pugna pela aplicação de multa, em atenção aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade”.
No processo, o MPE solicita a aplicação das sanções previstas nos Incisos 4º e 5º, do Artigo 73, da Lei 9.504/97, como a cassação do registro de candidatura.
O Política Livre entrou em contato com o advogado e ele confirmou que está na causa,022advogada para a prefeita há muitos anos, desde que ela era vereadora.
O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, declarou apoio à reeleição da prefeita de Vitória da Conquista, Sheila Lemos (União Brasil), afirmando que a população da cidade está demonstrando nas ruas e nas pesquisas seu desejo de continuidade. Neto criticou os adversários políticos, sugerindo que, sem chances de vencer nas urnas, estão buscando judicializar a disputa para tumultuar o processo.
Ad
“A gente está seguindo essa linha: o povo de Vitória da Conquista vem demonstrando nas ruas, nas redes sociais e nas pesquisas registradas e divulgadas que quer seguir com Sheila. Eu testemunhei isso em todos os nossos eventos que participei em Conquista”, afirmou ACM Neto.
Ele destacou que a campanha de Sheila está crescendo e que “todos reconhecem que o cenário hoje é de uma vitória de Sheila no primeiro turno”. Neto também enfatizou que as tentativas dos adversários de tumultuar o processo não terão êxito. “Sem ter chance de vencer nas urnas, nossos adversários começam as tentativas de tumultuar o processo, judicializar a disputa. Mas olha, como vice-presidente nacional do União Brasil, eu posso dizer ao povo de Conquista que Sheila é candidatíssima. Que vai vencer as eleições e vai continuar fazendo uma gestão que é reconhecida e respeitada não só na Bahia, mas em todo o Brasil”, declarou Neto.
O apresentador Cesar Filho vai comandar o debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo que será realizado pelo SBT e pelo portal Terra na próxima sexta (20). Filho diz que é preciso “colocar ordem na casa” para evitar que situações como a cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB) se repitam em novos encontros entre os políticos.
Mediador do próximo encontro, Filho fala sobre punição, caso as regras do debate não sejam cumpridas.”Não adianta só falar, tem que haver punição. A gente tem uma previsão de que eles sejam punidos com o tempo a cada vez que não cumprirem o que está determinado. Vão perder tempo de fala. Acho que tem que pôr ordem na casa, entendeu? Eles não podem se comportar como 5ª série. Eles são candidatos à Prefeitura de São Paulo, caramba”, disse.
Segundo ele, os cinco principais postulantes ao cargo já confirmaram presença: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Marçal, Tabata Amaral (PSB), Datena e Maria Helena (Novo).
Regras – As normas foram acordadas por todas as campanhas e serão divulgadas na quarta (18). Expulsões não estão previstas oficialmente, mas poderão ocorrer caso os organizadores identifiquem um comportamento inaceitável.
Cesar Filho diz que é uma pessoa educada e que procura “ser sempre elegante” naquilo que faz. “Vou contar com a ajuda do jurídico e da segurança do SBT. Se não tiver outra maneira, vou só pedir: ‘Cortem o microfone’ e retirem o candidato do recinto’.”
Cadeiras soltas – O apresentador diz que ainda não está definido se cadeiras serão disponibilizadas no estúdio. “Mas, se tiver, elas serão soltas”, afirma. Para o debate desta terça (17), a Rede TV decidiu fazer um ajuste no cenário, e as cadeiras foram parafusadas. A medida foi tomada após o ocorrido no domingo (16), quando o Datena arremessou uma banqueta em Marçal.
“Na abertura do debate, vou pedir para que eles foquem em propostas e não fiquem se acusando mutuamente. Para que usem o precioso tempo da televisão e mostrem quais são as suas propostas para o maior colégio eleitoral do Brasil”, concluiu Filho.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta terça-feira (17) reconhecer a ilegalidade de apostas financeiras em candidatos às eleições de 6 de outubro. A medida foi tomada por unanimidade pelos ministros para barrar as chamadas “Bets Eleitorais”, serviço de jogos de apostas que se proliferaram em sites na internet e aplicativos de celular durante a campanha.
Pela decisão do TSE, o serviço de apostas eleitorais passa a ser considerado ilícito eleitoral e pode ser enquadrado como abuso de poder econômico e captação ilícita de votos pela Justiça Eleitoral.
A alteração nas normas do tribunal para explicitar que as apostas eleitorais são ilegais foi proposta pela presidente do TSE, Cármen Lúcia. Segundo a ministra, a realização de apostas com prognósticos de resultados das eleições e com ofertas de vantagens financeiras para aliciar eleitores é considerada ilegal pela legislação.
“Eu estou propondo, tendo em vista as modificações que nós estamos vendo em práticas ilícitas, nas quais os juízes eleitorais, a Justiça Eleitoral, precisa de responder juridicamente”, afirmou a ministra.
O primeiro turno das eleições será no dia 6 de outubro. O segundo turno da disputa poderá ser realizado em 27 de outubro nos municípios com mais de 200 mil eleitores, nos quais nenhum dos candidatos à prefeitura atingiu mais da metade dos votos válidos, excluídos os brancos e nulos, no primeiro turno.