O ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes, preso desde julho de 2010, já foi mantido em dois dos maiores presídios de segurança máxima do Brasil. No entanto, há um ano e quatro meses ele foi transferido para uma penitenciária administrada por uma organização não-governamental, em Santa Luzia, Belo Horizonte. Na nova prisão, ele trabalha, faz cursos e até carrega a chave da própria cela. Após ser transferido, Bruno declarou que pôde “voltar a sonhar” e que o sistema carcerário tradicional “é uma escola para o crime”. “A Apac é uma obra de Deus: devolveu a minha dignidade, restituiu a minha família, me deu o direito de voltar a sonhar, a recomeçar a minha vida novamente, tudo aquilo que o sistema convencional me tirou”, declarou o ex-goleiro. Durante uma entrevista para a Veja, Bruno declarou que teve o “desprazer” de permanecer em dois presídios de segurança máxima em Minas Gerais, o Nelson Hungria e o Francisco Sá. “Se eu tivesse continuado no sistema convencional? O Bruno ia sair de lá uma pessoa muito pior do que quando entrou. O sistema convencional hoje é uma escola para o crime. Eu não era bandido, o bandido vive do crime. Eu me tornei criminoso a partir do momento em que cometi um crime. Quando fui para o sistema convencional, sendo um criminoso por ter cometido um crime, não vivendo do crime, eu estava na faculdade para se tornar um bandido”, disse. Em seguida, o ex-goleiro afirmou que o sistema carcerário é “muito bruto”. “Os agentes penitenciários são covardes. Eles acham que, para recuperar uma pessoa, têm de agredir aquela pessoa, seja de forma física ou mental”, relatou. Sobre as recentes rebelões ocorridas em diferentes regiões do país, Bruno declarou: “Aquilo mexeu com muita gente. Eu me coloquei no lugar daqueles presos, se eu estivesse ali pagando tantos anos de pena, minha mãe me esperando em casa… Imagine a mãe esperando seu filho voltar para casa. A culpa é de nós todos. Parte da culpa é dos próprios governantes, que acham que tudo está normal”. Bruno contou que dentro da nova penitenciária, fez cursos de jardineiro, de solda e de pedreiro. “Fiz cursos profissionalizantes. Tenho um bocado de certificados. Temos que ficar com a mente aberta. Se não der certo numa situação, a gente vai em outra. Mas eu não vejo o Bruno fora do mundo do futebol. Eu vou voltar. Se não for como atleta, vai ser como preparador físico, treinador de goleiros, não sei. Se Deus abrir as portas, tenho força. A vontade para dar a volta por cima supera qualquer crítica”, afirmou.
O Grupo de Trabalho de Acompanhamento do Sistema Prisional do Ministério Público da Bahia se reuniu nesta segunda-feira (23) para definir o cronograma de ação para construir um diagnóstico do sistema carcerário e propor ações de melhorias. Em nota, o MP informou que a procuradora-geral de Justiça Ediene Lousado se posicionou pela cautela na soltura de presos. “É preciso ter um cuidado todo especial na análise dos processos para não liberar indivíduos perigosos e que tenham envolvimento com facções criminosas, sobretudo na proximidade do Carnaval”, informa a nota. A procuradora chegou a dar como exemplo o mutirão realizado em Manaus, em que presos foram liberados, inclusive sem serem ouvidos pelo Ministério Público local, e logo praticaram diversos crimes contribuindo para o reforço do clima de insegurança. Lousado destaca a importância da instalação do grupo para construção de um diagnóstico do sistema prisional baiano, que vai apresentar ações de melhoria para o cenário atual. O foco desta análise é a superlotação. “Essa atuação, entretanto, não deve ter a finalidade precípua [mais importante] de liberação de presos”, ressaltou a procurador. “O problema do sistema prisional só será resolvido com medidas estruturantes”, completou. O cronograma de trabalho estabelecido contará com a participação de uma equipe multidisciplinar, contemplando-se as áreas jurídica, de saúde, engenharia e arquitetura. Participaram da reunião o corregedor-geral do MP, procurador de Justiça Marco Antônio Chaves, e dos promotores de Justiça Mônica Barroso (secretária-geral), Antônio Villas Boas e Edmundo Reis (Coordenadoria de Segurança e Inteligência), Márcia Teixeira (Direitos Humanos), Luís Alberto Vasconcelos (Segurança Pública), Luciano Taques (Gaeco) e Pedro Maia (Criminal).
As normas mais rigorosas do seguro-desemprego geraram uma economia de R$ 3,8 bilhões no ano passado, informou nesta segunda-feira, 23, o Ministério do Trabalho. Segundo o órgão, em 2015 e 2016, 14,6 milhões de pessoas solicitaram o seguro-desemprego. Se estivessem em vigor as regras anteriores, o número seria de 15,7 milhões, segundo estimativas da pasta. Ou seja, com a mudança nas exigências mais de um milhão de trabalhadores (1.135.444) ficaram sem o benefício. Foram desembolsados R$ 70,4 bilhões nesses dois últimos anos. O gasto teria sido de R$ 74,3 bilhões caso não tivessem ocorrido as alterações. Antes de 2015, uma pessoa demitida podia pedir o seguro-desemprego pela primeira vez se tivesse, pelo menos, seis meses de trabalho formal antes da demissão. Com a alteração, o tempo mínimo de trabalho subiu para 12 meses trabalhados no último ano e meio. Para o segundo pedido, são necessários nove meses de trabalho nos últimos 12 meses anteriores à dispensa. Nas demais solicitações, a carência é de seis meses de trabalho. Somente em 2016, os pagamentos do seguro-desemprego totalizaram R$ 36,7 bilhões. De acordo com o ministério, 93,4% dos trabalhadores que pediram o benefício foram contemplados. O seguro foi pago a mais de 7 milhões de trabalhadores com carteira assinada, quase 138 mil empregados domésticos e 558 mil pescadores artesanais. Além disso, 740 pessoas retiradas de situação de trabalho forçado ou análoga à de escravo também tiveram direito ao benefício.
Havia muita expectativa nos Estados Unidos se o presidente Donald Trump cumpriria todas as promessas que fez quando era candidato. Com uma agenda conservadora, ele falou várias vezes sobre cortar o financiamento público de clínicas de aborto, sobretudo da ONG Planned Paranthood, que era uma importante apoiadora de Hillary Clinton. Nesta segunda-feira (23), Trump, assinou uma ordem executiva para limitar a ajuda financeira a ONGs que realizam abortos. Em cerimônia do Salão Oval, ele começou a mostrar que está disposto a levar a cabo todas as medidas que prometeu, mesmo que sejam impopulares. Nos Estados Unidos, o aborto é praticado livremente desde a década de 1970. Ontem fez 44 anos que foi dada a sentença do famoso caso “Roe v. Wade”, que legalizou o aborto na prática.
A decisão de Trump não torna o aborto ilegal, mas diminuirá sua incidência como um todo. O que o novo presidente fez, na verdade, foi reeditar uma medida estabelecida pelo presidente republicano Ronald Reagan em 1984. Ela bloqueia o repasse de verba federal a organizações internacionais que promovem o aborto ou o realizam em suas clínicas. O democrata Barack Obama havia rescindido a medida logo que tomou posse, em 2009. Seu partido, hoje na oposição, já se manifestou e criticou Trump pelo que chamam de “uma perigosa obsessão em provocar retrocessos nos direitos reprodutivos”. A maioria dos slogans da “Marcha das Mulheres”, que ocorreu em Washington e diversas outras cidades americanas no último final de semana era justamente em favor do aborto. Os discursos de Trump durante a campanha sempre foram “pró-vida” e isso lhe garantiu o apoio de vários segmentos religiosos, em especial de evangélicos. Em uma ocasião, o bilionário afirmou que as mulheres que recorrem ao procedimento deveriam ser “banidas”. Outra vitória dos conservadores foi a decisão de Trump nomear à Supremo Corte um juiz ferozmente contrário ao aborto. Esse assunto gerou grande expectativa, uma vez que o vice-presidente, Mike Pence, sempre foi um forte crítico do aborto. Enquanto era governador de Indiana, aprovou diversas leis para restringir o procedimento.
Em meio a um racha na base aliada provocada pela disputa pela presidência da Assembleia Legislativa da Bahia, Rui Costa (PT) deu posse aos novos secretários de governo. No Legislativo, o vice-governador João Leão (PP) e o senador Otto Alencar (PSD) apresentaram representantes — os deputados estaduais Luiz Augusto e Ângelo Coronel — para disputar com Marcelo Nilo o comando da Casa. A peleja estremeceu as relações e Rui tem atuado como bombeiro. Usou o discurso da tarde desta segunda-feira (23) para “acariciar” ambos dirigentes partidários. “Leão me ajuda demais. Eu disse a ele que o sonho da Bahia, do desenvolvimento, do sul, do baixo sul, era ele que iria tocar. E hoje ele me avisa que amanhã (terça-feira) vai a Brasília assinar mais um documento, um protocolo, no passo a passo, num projeto que gira em torno de oito bilhões de reais, a ponte (Salvador-Itaparica). Quero aproveitar o público Leão pra te agradecer de coração”. Ato contínuo, elogiou Otto Alencar. “Quero destacar por uma questão de justiça que a representação no Senado é a representação dos estados. O modelo na Alemanha atrela o representante do estado. Não há como não ser ligado. Não tem como o senador ser opositor do governador. Tem estado que o senador invés de ajudar o governador, atrapalha. Aqui eu tenho que destacar a gigantesca ajuda de Lidice da Mata e Otto Alencar. Faltou lembrar de Roberto Muniz, senador do PP baiano, que substitui Walter Pinheiro nomeado pelo próprio Rui Costa secretário estadual de Educação.
Foi decretado o sigilo das investigações realizadas pela Polícia Federal (PF) sobre a queda do avião que levava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator da Operação Lava Jato, Teori Zavascki. De acordo com informações do portal G1, a ordem é do juiz Raffaele Felice Pirro, da 1ª Vara Federal de Angra dos Reis (RJ), e foi dada nesta segunda-feira (23). Dois inquérito estão investigando o acidente. Um aberto pela PF e sob responsabilidade do delegado chefe da Polícia Federal de Angra, Adriano Antonio Soares, e outro aberto pelo Ministério Público Federal (MPF). Além de um gravador de voz, documentos relativos à manutenção da aeronave e peças içadas após o acidente serão averiguados. Provas testemunhais no local da queda também estão sendo recolhidas. O avião com o ministro e mais quatro pessoas caiu na última quinta-feira (19), em Paraty (RJ). Todos as pessoas a bordo morreram.
A operadora de telefonia Vivo fez uma pesquisa com seus clientes e descobriu que era necessário mudar o Vivo Valoriza, programa de fidelidade da empresa. A empresa, que mantinha o programa desde 2012, percebeu que os consumidores estão interessados em premiações criativas, e não apenas em descontos em produtos, quando o assunto é sua relação com a companhia. Segundo o vice-presidente de marketing da Vivo, Marcio Fabbris, 77% dos entrevistados pela empresa disseram estar interessados em receber “experiências inesquecíveis” como prêmio. É por isso que a campanha da DPZ&T para o relançamento do Viva Valoriza, que estreia nesta semana, dá ênfase a momentos para se lembrar, como assistir a um bom filme em uma sala de cinema, desfrutar de um jantar em um restaurante renomado ou ganhar presentes criativos e personalizados. Dentro da estratégia de sair do lugar comum, Fabbris lembra que a Vivo já promoveu eventos como um jantar com o zagueiro David Luiz, durante a Copa do Mundo de 2014, e visita ao set de um dos filmes da série 007.
A morte cruel do garoto Emerson Kawã dos Santos Souza, de 10 anos, completou um mês no último dia 21 e crime ainda é um mistério para polícia. Segundo informações colhidas pelo site Brumado Acontece, a criança teria sido queimada viva e sem esboçar nenhuma relação, o que levaria a entender que a Emerson teria sido dopado antes de morrer queimado, a polícia não confirma essa tese e aguarda os resultados dos exames toxicológicos. Várias pessoas foram ouvidas em oitivas, mas a polícia depende de provas técnicas para formalizar o inquérito policial. O corpo do garoto foi encontrado próximo ao Cruzeiro, aos fundos da subestação de energia da Coelba com parte do corpo queimada. O crime chocou a população brumadense que aguarda com ansiedade a elucidação do caso.
O deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSC-RJ) publicou em seu perfil no Facebook uma fotografia que mostra a festa de aniversário de uma criança com o tema “Bolsonaro”. Na imagem, é possível ver bolo, camiseta e lembrancinhas com a imagem do parlamentar Jair Bolsonaro (PSC) na figura de um super-herói “anti-comunista”. Num painel fixado na parede atrás da mesa do bolo, a imagem de Bolsonaro está acompanhada da frase “Presidente 2018”. Mãe e filha posam sorridente no evento infantil, bem diferente das tradicionais festas que trazem princesas como a de Frozen como personagens-tema. Flávio agradeceu a homenagem na postagem que fez nas redes sociais “Esse tipo de demonstração de carinho e confiança é o que nos move para continuarmos defendendo o que acreditamos ser o melhor para os brasileiros e, consequentemente, para o nosso país.Agradeço a mais essa família, que não conheço, mas nos honra com tamanha homenagem! Parabéns à pequena! Peço a Deus que nos dê sempre muita saúde e sabedoria para jamais decepcioná-los!”, escreveu o filho de Jair Bolsonaro.
Na madrugada do último sábado, 21, bandidos tentaram entrar pela janela de uma residência na fazenda Jacaré, mas um dos moradores acabou dando umas pauladas no bandido que acabou desistindo do ato criminoso e fugiram. No local mora um casal de idosos. A policia vai investigar o assalto
Após a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, seu filho Francisco Zavascki reforçou que o pai e a família vinham recebendo “ameaças de todos os tipos” através de redes sociais e por telefone. Francisco já havia feito desabafo nas redes sociais no ano passado e reiterou a reclamação durante entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, neste domingo (22). “Ele tinha preocupação constante”, disse. De acordo com relatório da Polícia Federal, nenhuma destas ameaças apresentava “risco real à segurança do ministro”. Nos últimos dias, o ministro, que era relator da Lava Jato no STF, havia interrompido suas férias para cuidar da homologação da delação premiada feita por 77 executivos da Odebrecht.