A primeira radiografia 3D e a cores de um ser humano já é realidade. Capaz de revelar até a composição química de tecidos humanos como um microscópio, o equipamento será testado pela primeira vez em uma clínica, com o objetivo de oferecer diagnósticos mais certeiros e tratamentos personalizados. A máquina foi idealizada pela companhia da Nova Zelândia Mars Bioimaging, graças a um scanner especial que usa o revelador Medipix, desenvolvido pela Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern), em Genebra, para ir atrás do Bóson de Higgs. O primeiro a prová-la foi o fundador da Mars Bioimaging, Phil Butler, que a testou em seu próprio corpo. Na foto da radiografia, um relógio aparece em torno de um pulso de ossos brancos e músculos vermelhos, em detalhes surpreendentes. Butler é físico da Universidade de Canterbury e desenvolvedor do scanner. Ele realizou o teste junto ao seu filho, Anthony, radiólogo e professor nas universidades de Canterbury e Otago. “Os primeiros resultados desse estudo sugerem que, quando forem usadas em clínicas, as imagens espectrais permitirão diagnósticos mais assertivos e tratamentos personalizados”, explica Anthony. A máquina combina informações espectostrópicas obtidas do raio-X com potentes algoritmos que geram imagens tridimensionais: as cores representam diversos níveis de energia das fotos do raio-X, permitindo identificar os diversos componentes do corpo humano, como a gordura, o cálcio, a água e marcadores que “vigiam” doenças.No passado, uma versão menor do scanner já foi testada para estudar tumores, ossos e doenças cardiovasculares.
Já imaginou um biquíni ou maiô que você pode usar quando estiver menstruada sem se preocupar com absorvente interno ou externo? Seria um sonho? Sim, mas já é realidade! A marca brasileira Herself – fundada em 2016 pela gaúcha Raíssa Assmann Kist, na época estudante de Engenharia Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – desenvolveu peças de moda praiaque têm exatamente essa função e que serão lançadas na próxima sexta-feira (13), em Porto Alegre. Feito com um mix de tecidos tecnológicos, o biquíni absorve o sangue e não deixa que ele passe por todas as camadas, como acontece com a água. Além disso, a parte que fica em contato com a pele tem propriedades antimicrobianas e antifúngicas. É possível usar a peça por até seis horas e reutilizá-la depois – basta lavar, à mão ou na máquina, com sabão neutro (nunca com amaciante) e enxaguar bem. A coleção inclui biquínis e um maiô (que também pode ser usado como body), todos na cor preta. Eles estão disponíveis em tamanhos que vão do 32 ao 60 (PP a extragrande) e, para garantir mais conforto, são ajustáveis.
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A ideia é ampliar a linha a partir de um financiamento coletivo, que terá início no mesmo dia do lançamento. Nos primeiros três meses, será necessário contribuir para adquirir as peças – o valor vai variar entre R$ 150 e R$ 180. Esse dinheiro permitirá enviar os biquínis a quem adquiri-los, além de criar outros modelos com cores, estampas e modelagens diferentes. “A partir desse processo de desenvolvimento em conjunto, definiremos quais serão os biquínis e maiôs que mais representam as brasileiras e, então, utilizaremos outra parcela do valor arrecadado para a viabilização de peças à pronta entrega no nosso e-commerce, disponível a partir de novembro de 2018”, contam as sócias da marca, Raíssa e Camila Kist. Para participar do financiamento, acesse www.catarse.me/biquinisherself, escolha como prefere apoiar o projeto, efetue o pagamento e aguarde contato da marca com informações sobre o processo de cocriação e envio das peças – que deve acontecer a partir de outubro.
Após recusar, com até uma década de demora, grande parte dos investimentos em inovação obrigatórios feitos nos últimos 10 anos pelas empresas que recebem benefícios fiscais da Lei da Informática, o governo criou novas regras para permitir que as companhias reapliquem esses recursos em pesquisas.
Não há cálculos oficiais sobre a quantia que será reinvestida, mas especialistas e executivos estimam que a soma dos valores rejeitados pode ir de R$ 1 bilhão a R$ 5 bilhões.
A mudança foi feita a partir de medida provisória sancionada em junho.
A Lei de Informática, de 1991, permite que empresas que produzem hardwares no Brasil tenham desconto em IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Para isso, devem investir 5% de seu faturamento obtido com os itens incentivados em inovação.
As 564 empresas que se beneficiam da lei investem cerca de R$ 1,5 bilhão ao ano.
Para ter a redução no imposto, as empresas realizam seus investimentos e enviam relatórios indicando onde foram feitas as aplicações de recursos. Os documentos são avaliados posteriormente.
Quando o investimento da empresa é glosado, ou seja, rejeitado por não cumprir os requisitos exigidos, valor equivalente deve ser depositado com multa e juros (de 12% ao ano, mais a TJLP, atualmente em 6,6%) no FNDCT, fundo gerido pela Finep.
Originalmente com a função de financiar pesquisa e desenvolvimento, o fundo vem sendo sistematicamente contingenciado para melhorar o resultado das contas públicas.
A demora de até dez anos do governo para avaliar os investimentos das empresas entre 2006 e 2014 terminou em muitas glosas do governo e reclamações das empresas, diz Francisco Tripodi, diretor da consultoria especializada em inovação Pieracciani.
Ele afirma que maior parte dos investimentos das empresas foi rejeitada: “Temos caso de empresa que investiu R$ 20 milhões e teve apenas R$ 400 mil aprovados”, diz.
Tripodi diz acreditar que, em razão da liberação de novos investimentos, o valor aplicado anualmente a partir da lei (os R$ 1,5 bilhão) será praticamente o dobro do habitual pelos próximos quatro anos (prazo que as empresas têm para fazer o reinvestimento).
Carina Leão, diretora de relações governamentais da consultoria ABGI, do mesmo setor, confirma o grande número de glosas.
Por outro lado, diz que, antes de aderir ao reinvestimento, a maioria das companhias irá apelar ao Ministério da Ciência fornecendo mais informações e argumentos para que seus projetos do passado sejam considerados inovadores. “Primeiro elas vão tentar defender o que fizeram.”
Segundo Leão, a falta de confirmação do governo sobre se considerava ou não os investimentos das empresas adequados à lei nos últimos anos fez com que companhias persistissem em erro.
Anderson Jorge, diretor executivo da Abinee (associação do setor eletroeletrônico), diz que a análise dos investimentos feita no ano passado levou em conta critérios atuais para avaliar pesquisas feitas em outro contexto tecnológico.
“Um projeto de aplicativo hoje não é considerado pesquisa, mas, em 2006, era uma tremenda novidade.”
Para tornar a avaliação de projetos mais rápida, a lei passou a prever que as opções adotadas pelas empresas sejam avaliadas por uma auditoria independente antes de passarem pelo crivo do Ministério da Ciência.
O ministério disse que não ser possível informar qual o valor das glosas que serão reinvestidas, pois muitas empresas estão em período de contestação. Existe a possibilidade de que muitas recusas sejam revertidas após a apresentação de informações.
A pasta afirma que a demora na avaliação aconteceu, entre outros motivos, pela falta de pessoal e pela metodologia antiga usada para avaliação.
A pasta diz esperar que, com as mudanças na lei, o processo seja mais eficiente. “A fiscalização será realizada ‘in loco’ e não por meio apenas de um relatório entregue”.
Além de poderem aplicar recursos em projetos internos de inovação e em institutos de ciência e tecnologia, a nova legislação prevê que as empresas tenham a opção de direcionar seus investimentos obrigatórios para fundos que apostam em startups.
A mudança é vista como positiva por Isabela Dias, diretora da Anpei, associação que reúne empresas que investem em pesquisa e inovação. “É saudável para o país ter mais empresas de base tecnológica.”
O plenário do Senado aprovou hoje, em votação simbólica, um projeto de lei com regras para o tratamento e a proteção de dados pessoais no País. A regulamentação vale para o poder público e para a iniciativa privada. O texto agora vai à sanção presidencial. O projeto cria um marco legal para a proteção de dados pessoais sensíveis na internet. O relator, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), preservou a proposta dos deputados, com ajustes de redação. Havia uma preocupação da área econômica com a possibilidade de esse projeto prejudicar a implementação do cadastro positivo, pois prevê a necessidade de consentimento do usuário para o compartilhamento de dados. O cadastro positivo, por sua vez, prevê a inclusão automática dos consumidores no cadastro de bons pagadores, com o objetivo de reduzir o custo do crédito no País. O relator disse ter um entendimento de que não haverá impedimentos à implementação do cadastro positivo e manteve a redação do projeto. A proposta estabelece uma série de regras para o setor público e empresas privadas recolherem e processarem dados pessoais no Brasil e prevê multa para quem descumpri-las de até 4% do faturamento no último exercício (excluídos tributos) da empresa, grupo ou conglomerado responsável, limitada a R$ 50 milhões. Entre outras medidas, o projeto cria uma Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) autarquia especial a ser vinculada ao Ministério da Justiça, para fiscalizar e aplicar sanções. Há previsão de aplicação de multas e até suspensão de funcionamento, como punição a quem desrespeitar as regras. A agência era um dos pleitos de entidades de defesa do consumidor e tinha apoio no meio acadêmico. O novo órgão terá 23 assentos formados majoritariamente pela União (40%), sociedade civil organizada (20%), empresas do setor (20%) e membros da academia (20%). Ela terá operação similar à da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). O texto também trata do compartilhamento de dados entre órgãos públicos, além da transferência autorizada de dados de bancos públicos a entidades privadas. Ele cria a necessidade de a coleta de dados ser autorizada pelo usuário e indica quando os dados armazenados podem ser usados para outras finalidades. Empresas e órgãos públicos terão um ano e meio de prazo para se adaptar às regras, se a lei for aprovada e sancionada. O projeto dos dados estabelece que o tratamento de informações precisa de consentimento das pessoas. Ele torna obrigatória a exclusão dessas informações após encerrada a relação e caso não tenha havido solicitação. A proposta permite que os titulares tenham acesso aos dados que estejam em posse de uma empresa e estabelece que dados de crianças e adolescentes só poderão ser usados caso haja consentimento dos pais ou do responsável legal. O projeto aprovado tramitava na Câmara dos Deputados desde 2012, mas foi aprovada em maio deste ano, em caráter de urgência no plenário da Casa Legislativa. Depois disso, o projeto de lei foi encaminhado ao Senado onde outro texto tramitava desde 2013. Com a chegada ao Senado, o projeto foi agrupado ao texto que tramitava na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Os senadores da comissão deram parecer favorável ao texto da Câmara dos Deputados na semana passada.
Conhecida pelo Firefox, a Mozilla parece estar trabalhando na criação de um novo navegador para Android. Segundo o Tec Mundo, a novidade apareceu no GitHub e tem o codinome “Fenix”, mas até o momento ainda se sabe a seu respeito.
Na página do browser na plataforma de desenvolvedores é possível ler a inscrição “Fenix não é o navegador de Android para os seus pais”, sugerindo um app com foco em privacidade.
Além do próprio Firefox convencional, a Mozilla já disponibiliza o Firefox Focus, um navegador mobile mais leve com foco em privacidade que facilita a exclusão do histórico e também a navegação sem rastreamento na web.
Como o novo aplicativo ainda está em processo de desenvolvimento, não se conhece ao certo do que se trata.
Os números representam muito mais do que uma forma de quantificar algo. Eles estão presentes na rotina escolar, em cálculos dos mais simples ao mais complexos, regem a economia mundial e influenciam diretamente no comportamento humano. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o órgão responsável pela mensuração dos números acerca do território brasileiro e sua população. Com o objetivo de homenagear esta fundação, nesta sexta-feira (6), comemora-se o Dia da Criação do IBGE. Apesar do IBGE ter sido fundado oficialmente no dia 29 de maio de 1936, essa data faz referência ao lançamento do Decreto de Lei nº 24.609 de 1934 que institui a criação do órgão. Principal estudo realizado pelo IBGE, o Censo promete novidades. Desde maio, foi iniciado o primeiro teste de coleta de dados pela internet para o Censo Demográfico 2020. Esse recurso já havia sido utilizado em 2010 mas em poucos casos, apenas quando não era possível efetuar as pesquisas de forma presencial. Segundo o IBGE, o preenchimento dos questionários presenciais não deixará de ser realizado porque o principal objetivo da mudança é, justamente, fazer uma comparação entre os dois modelos. A coleta de dados digital será realizado em 52 municípios das cinco regiões, incluindo também, domicílios de todas as capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes. Embora os questionários sejam idênticos, a forma de divulgação e de acesso aos mesmos, será diferente em cada lugar. Entre as opções se encontram o e-ticket via Correios, agentes de pesquisas ou acesso liberado. A única preocupação com a nova pesquisa é a qualidade dos dados e questão técnicas e de logística que envolvem a novidade.
A ascensão das chamadas notícias falsas (fake news, no termo em inglês) a um objeto de preocupação em todo o mundo colocou no centro da discussão o papel de redes sociais como Facebook, Google, YouTube, Twitter e WhatsApp. Se por um lado é reconhecido que o fenômeno da desinformação é antigo, por outro lado é consenso entre pesquisadores, autoridades e empresas que a diferença no cenário atual de divulgação de conteúdos falsos está no alcance e na velocidade permitidos pelo compartilhamento de mensagens nesses ambientes. Para tentar diminuir os questionamentos e o dano à imagem, diversas redes sociais vêm anunciando medidas para tentar combater a circulação das notícias falsas.
As redes sociais são terreno fértil para a difusão de notícias falsas por diferentes motivos. Alguns criadores desses conteúdos buscam divulgar uma ideia ou atacar uma pessoa, partido ou instituição. Outros têm motivação econômica, uma vez que a grande circulação de uma publicação gera interações, o que pode se traduzir em dinheiro a partir da lógica de veiculação de anúncios nessas plataformas. Foi o caso, por exemplo, de jovens da Macedônia que criaram perfis para difundir notícias falsas nas eleições dos Estados Unidos em 2016 como fonte de renda.
Essas possibilidades geraram intensos questionamentos. Nos Estados Unidos, o Facebook virou objeto de investigação do Congresso sobre uma possível influência de organizações russas nas eleições de 2016. O presidente da empresa, Mark Zuckerberg, teve de ir ao Congresso prestar explicações também sobre o escândalo de vazamento de dados de 87 milhões de usuários envolvendo a empresa de marketing eleitoral Cambridge Analytica. A companhia foi questionada ainda por autoridades de outros países, inclusive brasileiras, sobre o caso.
Na Índia, o WhatsApp, aplicativo de propriedade do Facebook, virou assunto de preocupação nacional nas últimas semanas depois de uma série de assassinatos e linchamentos a partir de informações falsas divulgadas na rede social.
O Google sofreu críticas por apresentar nos resultados de busca informações falsas, tanto sobre as eleições dos EUA quanto sobre fatos históricos, como o Holocausto.
Rede social mais criticada, o Facebook inicialmente rebateu as acusações relativas ao papel nas eleições dos EUA, mas depois do pleito passou a anunciar um conjunto de medidas para reduzir a circulação dessas mensagens na sua plataforma. A principal delas foi a realização de um acordo com agências de checagem para averiguar a veracidade de publicações. No Brasil, a parceria envolve as agências Lupa, Aos Fatos e France Press. “Esse mecanismo permitiu cortar em até 80% a distribuição orgânica de notícias consideradas falsas por agências de verificação parceiras nos Estados Unidos, onde a ferramenta já está funcionando há algum tempo”, relatou a empresa em nota divulgada em 10 de maio.
Conteúdos são selecionados por meio de sistemas automatizados da plataforma e a partir de denúncias feitas por pessoas. Há ferramentas para que usuários possam indicar um post como fake news. Em seguida, são checados pelas agências – cada uma com metodologia específica. A Lupa, por exemplo, classifica os textos em: (1) verdadeiro; (2) verdadeiro, mas.., quando o leitor merece mais explicações; (3) ainda é cedo pra dizer, quando a informação ainda não é verdadeira; (4) exagerado; (5) contraditório; (6) insustentável; e (7) falso.
Em 2017, o Facebook anunciou que as checagens apareceriam como uma informação adicional. Contudo, em 2018 elas passaram a ter consequências para os autores. Aquelas mensagens consideradas falsas têm o alcance reduzido, e os usuários que as compartilharam recebem uma notificação.
Outra frente de atuação é o combate aos perfis falsos, identificados como um instrumento de difusão de fake news. A empresa anunciou em maio que derrubou neste ano, em média, 6 milhões de contas falsas por dia. A remoção ocorreu baseada nos “parâmetros da comunidade”, regras que, quando violadas, geram a exclusão da publicação. O chamado discurso de ódio, muitas vezes associado a notícias falsas, também é objeto de retirada. “Também removemos 2,5 milhões de conteúdos com discurso de ódio no primeiro trimestre de 2018”, informou o vice-presidente de produto, Guy Rosen, em comunicado publicado em 15 de maio.
Uma das principais críticas de autoridades e organizações da sociedade civil é a falta de transparência no pagamento de anúncios, recurso usados por organizações russas na disputa estadunidense de 2016. No Brasil, também cresceu o receio sobre possíveis abusos nessa ferramenta depois que ela foi legalizada para as eleições deste ano pela minirreforma eleitoral aprovada no ano passado.
O Facebook anunciou ao longo do ano algumas ações sobre o tema, como a identificação de anúncios políticos (no Brasil são aqueles divulgados por candidatos), a disponibilização da informação em cada página de quais anúncios estão ativos ou já foram distribuídos no passado. “Durante a campanha eleitoral, os brasileiros verão quais anúncios foram marcados pelos anunciantes nessa categoria, e todos eles serão adicionados ao arquivo”, explicou a diretora de Marketing de Produto, Emma Rodgers, em nota divulgada em 28 de junho.
O Google evita usar o termo fake news, adotando os conceitos de “conteúdos enganosos, manipulados e fabricados”. A plataforma contribuiu para fundar uma coalizão internacional sobre o tema, chamada First Draft. Neste ano, a rede vai realizar um programa de checagem de informações nas eleições que ganhou o nome de “comprova”, contando com a presença de diversos órgãos de mídia do país.
A plataforma criou também um braço voltado ao jornalismo, Google Notícias. Este realiza projetos de estímulo ao jornalismo de qualidade, como financiamento de projetos e cursos. Em março deste ano, a empresa anunciou a destinação de R$ 1,12 bilhão nessa frente.
Para a identificação e verificação de conteúdos falsos disponibilizados na ferramenta de busca, foi criado um selo de checagem de fatos. “O selo de checagem não significa priorização na busca. O resultado em que ele vai aparecer depende da busca pelo conteúdo, e não pelo fato de ele ser checado”, explicou o diretor de Relações Governamentais e Políticas do Google no Brasil, Marcelo Lacerda, em seminário sobre o tema realizado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 21 de junho.
Além disso, a empresa ajustou os sistemas da ferramenta de busca e inseriu o que chama de “avaliadores de qualidade”, indicadores que são lidos para que a ferramenta de busca não disponibilize o conteúdo enganoso. Como forma de promoção de veículos jornalísticos tradicionais, foi incluído na página do site um carrossel com notícias de parceiros em destaque.
O Twitter não divulgou medidas específicas contra fake news, mas combate o que chama de “contas automatizadas mal-intencionadas e/ou que disseminam spam”, perfis falsos ou os chamados robôs (ou bots, no termo em inglês popularizado). Os robôs são vistos como um dos meios de disseminação de notícias falsas e um dos problemas na rede social, embora estudo recente do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT, na sigla em inglês) tenha apontado o grau de difusão de fake news por essas contas semelhante ao de humanos
Segundo a assessoria de empresa, também foram realizadas ações como o aprimoramento do processo de abertura de contas, auditorias em contas já existentes e a expansão de detecção de “comportamento mal-intencionado”. O número de contas contestadas mensalmente subiu de 2,5 milhões em setembro de 2017 para 10 milhões em maio de 2018.
“A média de denúncias de spam recebidas por meio de nosso mecanismo de denúncias continuou a diminuir – de uma média de aproximadamente 25 mil por dia em março para cerca de 17 mil por dia em maio”, disse a vice-presidente de Segurança e Confiança, Del Harvey, em comunicado publicado no dia 26 de junho.
Mas as medidas adotadas pelas redes sociais estão longe de ser consenso. O uso de selos de checagem e a diminuição do alcance ou remoção são duas das ações contestadas. Na avaliação da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação (Frentecom), rede que congrega 194 parlamentares de vários partidos, essas medidas esbarram na dificuldade de definir o que é verdade e o que não é (e nas variações entre esses dois extremos) e nos possíveis vieses dos próprios checadores – além de poder induzir a uma leitura de que qualquer conteúdo alvo de checagem é mentiroso.
“Iniciativas das plataformas que absolutizam a referência destes checadores e da mídia tradicional são, portanto, preocupantes”, diz documento da frente sobre o tema, divulgado mês passado. “A atuação das plataformas – no sentido de priorizar ou despriorizar/remover informações e conteúdos nas redes – pode reproduzir, num ambiente de monopólio na internet, a concentração que já vivenciamos nos meios tradicionais, com sérios impactos à diversidade e pluralidade”, acrescenta a rede. O documento foi uma das bases do relatório do Conselho de Comunicação Social sobre o assunto.
Na opinião do diretor-geral da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert), Cristiano Flores, as plataformas deveriam ter mecanismos existentes na mídia tradicional, como a possibilidade de processo por dano moral ou a solicitação de direito de resposta. “As medidas adotadas pelas plataformas são importantes, mas precisa mais. Você tem modelo de responsabilidade dos veículos tradicionais de reparação e direitos de resposta. É importante que estes mecanismos avancem na previsibilidade no ambiente online”, defende.
O pesquisador de direito digital e diretor do Instituto Beta: Internet e Democracia, Paulo Rená, questiona o uso de sistemas automatizados (como algoritmos) para monitorar conteúdos, recurso adotado por todas as plataformas. “ A tecnologia não vai ser suficiente para nos salvar de nós mesmos. Para saber o que é informação e o que é desinformação, nós precisamos do contexto. Não será um robô, não será uma máquina ou mesmo um jeito de fazer, uma ‘receita de bolo’, que vai saber o que é inverdade”, pondera.
A entidade SaferNet, que participa do conselho consultivo criado pelo TSE para avaliar o impacto das fake news nas eleições, lançou documento em que apresenta uma série de iniciativas que poderiam ser adotadas pelas plataformas. Para além das medidas de transparência já anunciadas pelo Facebook, a ONG cobra que sejam tornados públicos dados dos anunciantes, os valores pagos e o público-alvo definido por eles (para quem a mensagem foi endereçada). A organização defende também a proibição do pagamento de anúncios em moeda estrangeira, para evitar influência externa, e uma isonomia nos preços dos anúncios aos candidatos, evitando privilégios.
Para Francisco Brito Cruz, pesquisador em direito e tecnologia da Universidade de São Paulo (USP) e diretor da organização de pesquisa Internetlab, o alcance das plataformas faz com que as medidas implementadas possam ter grande impacto. Contudo, elas não devem ser pensadas unilateralmente pelas empresas. “ Esse processo deve ser feito com muita discussão com o público, em especial com a sociedade civil organizada e a academia, para que ele não passe por cima de direitos das pessoas”, defende.
Você tem algum problema de visão e não suporta usar óculos? Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Bar-Ilan, em Tel-Aviv, criaram um colírio que corrige casos de miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia.
De acordo com o Olhar Digital, o comunicado da Instituição de ensino diz que a tecnologia por trás da invenção são as Nano-Drops, que modificam o índice de refração da córnea, permitindo corrigir estes problemas oculares.
“No futuro, essa tecnologia pode permitir que os pacientes tenham sua visão corrigida no conforto da sua própria casa. Para conseguir isso, eles abririam um aplicativo em seu smartphone para medir sua visão, conectariam o dispositivo de fonte de laser para carimbar o padrão óptico na correção desejada e depois aplicariam as Nano-Drops para ativar o padrão e fornecer a correção desejada”, diz o estudo.
Envolvido em um escândalo de vazamento de dados, o Facebook começou a ser investigado pelo governo dos Estados Unidos no caso sobre o uso de informações dos usuários da rede social pela empresa de consultoria política britânica Cambridge Analytica. Além do FBI, outros três órgãos federais americanos investigam a empresa.
Investigações apontam que o Facebook compartilhou ilegalmente dados de 87 milhões de usuários para a consultoria do Reino Unido. Ontem (2), a rede social divulgou que é investigada pela Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos.
O jornal americano The Washington Post disse que a Comissão de Valores Mobiliários e a Comissão Federal de Comércio também investigam a participação das duas companhias no uso de dados de 71 milhões de americanos.
O sinal de telefonia celular vai chegar a mais 37 municípios baianos, alcançando inclusive as respectivas zonas rurais. A ampliação foi definida em reunião, nesta terça-feira (26), entre representantes do Governo do Estado e da Oi Telefonia, na sede da governadoria, em Salvador. A empresa é um dos maiores contribuintes da Bahia, recolhendo anualmente R$ 401,5 milhões em impostos no estado, sendo R$ 388 milhões de ICMS e R$ 13,5 milhões de ISS. O governador Rui Costa afirmou que já se reuniu com todas as empresas do segmento para tratar da ampliação da rede de telefonia no estado. “A Oi confirmou que, no prazo de 12 meses, nós vamos atender a 37 cidades, incluindo distritos e localidades que têm dois, três, cinco, até dez mil habitantes, mas não têm sinal de celular. Outras companhias também estão formalizando este compromisso e o Estado vai fazer uma remuneração para que elas coloquem sinal de celular onde ainda não há”. O governador contou, ainda, que pediu à Oi Telefonia que seja feito um cronograma. “Eu quero apresentar a lista na Internet com a data já em que cada distrito vai começar a receber o sinal de celular”, afirmou. A telefonia celular vem crescendo na Bahia. Para o presidente da Oi, Eurico Teles, a Bahia atrai os olhares dos investidores. Somente a companhia investiu no estado R$ 441,1 milhões em 2016 e 2017, instalando novas portas para o serviço de banda larga e ampliando o 4G. Atualmente são 99 cidades com 4G no estado. Nos primeiros três meses deste ano, os investimentos foram na ordem de R$ 59,3 milhões, com 23 sites implantados e modernizados, além da implantação de 360 novas portas.
Um investigador da Google chamado Jake Archibald descobriu falhas nos navegadores de empresas rivais, especificamente no Mozilla Firefox e no Microsoft Edge. De acordo com Archibald, estes navegadores conseguem recolher dados de contas de outros sites que tenham sido acessados pelos usuários. “Os erros começaram quando os navegadores implementaram solicitações de alcance para elementos de media, que não eram cobertos pelo padrão. Estas solicitações de alcance eram genuinamente úteis, portanto, todos os navegadores copiaram o comportamento uns dos outros, mas ninguém os integrou no padrão”, afirma Archibald em conversa com o The Hack News. Uma vez tornada pública este bug, tanto a Microsoft como a Mozilla lançaram atualizações para os respectivos serviços, por isso, já não há motivo para preocupação.
A revolução tecnológica está gradualmente mostrando seus efeitos na lista da Latin Trade dos principais bilionários da América Latina. Eduardo Saverín, cofundador do Facebook, e Carlos Slim encabeçaram essa tendência há algum tempo.
Mais adiante, foram apoiados por Marcos Galperin, cofundador da Mercado Libre, a gigante de e-commerce da Argentina. Este ano, Luis Frias, presidente do PagSeguro Digital, se uniu ao grupo. Essa tendência certamente continuará e mudará nomes e modificará a composição industrial das pessoas mais ricas da América Latina.
Outra maneira pela qual a lista de bilionários está mudando é a participação das mulheres. Atualmente, apenas 12 das 90 pessoas mais ricas do território latino-americano são mulheres. Elas são acionistas de empresas em setores tão diversificados quanto saúde e mineração.
Por fim, e ao contrário da crença popular, a maioria das mais ricas da região sucederam pelos seus próprios esforços. Seu patrimônio não foi herdado da família, mas construído com negócios que eles iniciaram ou adquiriram.
Os 90 bilionários da América Latina na lista têm uma fortuna combinada de US$ 411,2 bilhões em 2018, o equivalente a quase cinco anos de vendas da Petrobras, maior empresa da região.