-------- PUBLICIDADE --------
10 de julho de 2024
Brasil

Centrão é maioria no Congresso e esquerda perde espaço

Foto: Wesley Amaral/Câmara dos Deputados

Uma radiografia do Congresso Nacional, em Brasília, revela que dos 594 congressistas, 117 deles (75 deputados e 42 senadores) formam a elite do Congresso Nacional. São principalmente integrantes de partidos do Centrão que predominam sobre membros de siglas à esquerda. A constatação está no estudo Elite Parlamentar 2024, da consultoria Arko Advice, obtido pelo Estadão.

O poder do Centrão aparece no controle que exerce no comando das duas Casas legislativas, com Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-AL), e nas principais comissões temáticas. E também nos sinais de que a sucessão de ambos, em 2025, deve ser restrita a aliados que pertencem ao mesmo bloco, com pré-candidatos de União, PSD, PL e Republicanos. O plenário da Câmara dos Deputados durante sessão do Congresso nacional realizada em maio. Foto: Wilton Júnior/Wilton Júnior/Estadão

Os 116 congressistas da elite do Congresso pertencem principalmente a partidos como PL (17), PT (15), PP (13), PSD (12), MDB (11) e União (10). O Republicanos tem 7. Juntos, PL, PP, PSD, União e Republicanos têm 59 considerados da elite do Congresso, mais da metade dos 116 citados no levantamento.

O PT do presidente Lula fica isolado na relação de influentes à esquerda. “Partidos do Centrão vêm aumentando a participação, e partidos de esquerda vêm perdendo o protagonismo. De 2003 a 2010, a presença era bem mais forte, até porque aliados de esquerda tinham participação muito forte na estrutura das Casas e isso dava a eles posições fortes de lideranças formais”, comentou Cristiano Noronha, vice-presidente da Arko Advice.

O levantamento não indica os com mais e menos poder entre os influentes. Apenas relaciona as lideranças formais, que ocupam posições importantes nas estruturas da Câmara e do Senado, e também as informais. Estas são aquelas decisivas ao andamento dos trabalhos, à elaboração da agenda legislativa e representam interesses de grupos de pressão relevantes.