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17 de janeiro de 2018
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Cientistas se preparam para ver um buraco negro pela 1ª vez em 2018

Imagem Reprodução

Imagem Reprodução

Astrônomos apostam na existência de buracos negros no Universo. Eles afirmam que um deles, inclusive, estaria localizado na Via Láctea. No entanto, estas regiões misteriosas nunca foram observadas pela humanidade. Segundo os especialistas, isto finalmente vai acontecer em 2018. O físico Albert Einstein previu a existência de buracos negros na teoria da relatividade, mas nem mesmo ele pôde afirmar com 100% de certeza que eles realmente existem. E até agora ninguém conseguiu evidências concretas disto. Os cientistas se preparam para conhecer estas regiões do Universo com uma rede de telescópios chamada Event Horizon Telescope (EHT) espalhados pelo mundo. Como explica o ‘HypeScience’, juntos, os dispositivos poderão fornecer todos os componentes necessários para que finalmente sejamos capazes de capturar a imagem de um buraco negro. De acordo com a publicação, para tanto, seria necessário um teleescópio com o tamanho próximo ao da Terra, como o EHT. “Primeiro, é necessário uma ampliação ultra alta – o equivalente a contar as covinhas numa bola de golfe em Los Angeles quando está sentado em Nova Iorque”, explicou o diretor do EHT, Sheperd Doeleman. “Em seguida, é necessária uma forma de ver o gás na Via Láctea e o gás quente que envolve o próprio buraco negro. Isso requer um telescópio tão grande como a Terra, que é onde o EHT entra”, completou. Segundo Doeleman, os cientistas desenvolveram um “telescópio virtual de tamanho terrestre” usando uma rede de radiotelescópios individuais espalhados pelo planeta. Eles sincronizaram os dispositivos para que o mesmo ponto no espaço fosse observado ao mesmo tempo e conseguissem gravar as ondas de rádio. A imagem produzida pela combinação dos dados deve ser equivalente ao resultado que um telescópio do tamanho do nosso planeta. O primeiro teste foi realizado em abril de 2017, quando, durante cinco noites, oito telescópios em todo o mundo observaram a Sagitário A * – ponto no centro da Via Láctea onde os cientistas acreditam que o buraco negro supermassivo

Os dados do Telescópio do Polo Sul chegaram ao Observatório Haystack, do MIT, em dezembro do ano passado. Agora, as equipes têm informações dos oito telescópios para tentarem construir a primeira imagem de um buraco negro.

“Acredita-se que os buracos negros supermassivos no centro das galáxias e as galáxias em que vivem evoluem ao longo dos tempos cósmicos, de modo que observar o que acontece perto do horizonte do evento nos ajudará a compreender o universo em escalas maiores”, diz Doeleman.

O estudioso explica que, no futuro, será possível fazer imagens de um único buraco negro ao longo do tempo. Isso permitiria aos cientistas determinar se a teoria da relatividade geral de Einstein é verdadeira, além de estudar como os buracos negros crescem e absorvem a matéria.

Doeleman pondera que não se sabe o que será visto nas imagens, nem se elas contribuirão com o estudo dos buracos negros. “Não temos garantia do que veremos, e a natureza pode nos atirar uma bola curva. No entanto, o EHT agora está em funcionamento, pelo que, ao longo dos próximos anos, trabalharemos para fazer uma imagem para ver como realmente se parece um buraco negro”.

Ainda não há previsão de quando os resultados serão publicados, mas há a possibilidade da equipe ver um buraco negro pela primeira vez ainda este ano.