O IBGE projeta, no Levantamento Sistemático de Produção AgrÃcola de Fevereiro, uma queda de 3,3% na colheita de grão na Bahia este ano. O instituto federal espera uma produção total de 10,98 milhões de toneladas, 373 mil a menos do que em 2022 (11,38 milhões de toneladas). Os números globais são estáveis frente a janeiro.
Dos 12 cultivos de grãos pesquisadas na Bahia, apenas o amendoim segunda safra tem previsão de variação positiva na quantidade colhida (0,4%). Já a maior queda absoluta deve ocorrer na produção de soja (-177.186 toneladas ou -2,4%). Em percentuais, o maior declÃnio deve vir do milho 2ª safra (-19,9% ou -129.220 toneladas).
Tanto no caso da soja quanto do milho segunda safra a previsão é de queda na produtividade, com a área colhida mantendo-se as mesmas de 2022. O rendimento da soja deve ser reduzida de 3.972 quilos/hectare para 3.875 quilos/hectare. Já o do milho segunda safra deve recuar de 2.500 quilos/hectare para 2.003 quilos/ hectare. No paÃs, estes dois produtos devem ter colheita recordes em 2023, de 145,0 milhões e 92,7 milhões de toneladas, respectivamente.
Outras lavouras
Incluindo os produtos investigados sistematicamente pelo IBGE na Bahia que não são grãos, o LSPA de fevereiro indica o declÃnio em 20 das 26 safras. Entre as maiores perdas absolutas, além da soja e do milho a cana-de-açúcar também tem destaque, com a segunda perda mais intensa (-130.310 t). A produção de café arábica deve ter a maior retração em termos percentuais (-30,8%, somando apenas a 69.510 toneladas, 30.990 a menos do que em 2022).
No campo das lavouras com estimativas de alta em 2023, o maior crescimento, em termos absolutos e percentuais, fica com a mandioca (+82.006 toneladas ou +9,6%). Banana (9.472 t ou 1%) e uva (4.751 t ou 7,8%) também se destacam.