Todas as 1.072 edições do semanário “O Pasquim”, jornal irreverente e contestador que marcou a vida cultural brasileira entre 1969 e 1991, foram digitalizadas pela Biblioteca Nacional e estarão disponíveis em versão digital, no site da Hemeroteca da instituição, a partir de agosto. O advento comemora os 50 anos do jornal, que teve sua primeira edição publicada em 26 de junho de 1969 e reunia intelectuais como Millôr Fernandes, Paulo Francis, Jaguar, Tarso de Castro, Sérgio Cabral, Henfil, Ivan Lessa e outros. O processo de digitalização gerou um total 35 mil páginas do jornal, que estarão disponíveis para acesso gratuito. Nesse processo, a BN já tinha em seu acervo 602 edições do “Pasquim” — o restante foi cedido ao instituto pelo cartunista Ziraldo e pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Além dos artigos marcantes, das polêmicas que criou ou promoveu, e da renovação que impôs à linguagem jornalística no Brasil, O Pasquim marcou época também por suas memoráveis entrevistas, dentre as quais se destacam as de Leila Diniz, Madame Satã, o então líder sindical Lula, Elke Maravilha, Chico Buarque, Agnaldo Timóteo etc.