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10 de maio de 2016
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Comer fora vale a pena: inflação dos alimentos é maior nos domicílios

Imagem Reprodução

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Comer fora de casa pode ser uma boa opção para quem quer cortar custos com alimentação. Conforme levantamento do IBGE, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação de produtos que compõem a alimentação dentro do lar tem tido mais impacto no bolso do que a inflação da alimentação fora de casa. Em Salvador e Região Metropolitana, a alimentação no domicílio teve alta de 9,68% nos últimos 12 meses. Já a comida fora de casa aumentou em 3,73% no mesmo período. O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Salvador e Litoral Norte, Antonio Portela, defende que este é o momento para as pessoas comerem fora. “Devido à crise e à diminuição na procura, os restaurantes não repassam o ajuste dos preços há quase dois anos. Isso é ótimo para o consumidor”.
No lar
De acordo com Selma Magnavita, presidente do Movimento de Donas de Casa e Consumidores do Estado da Bahia (MDCCB), comer fora de casa é uma opção em conta para quem não tem tempo para preparar a comida e nem alguém que possa prepará-la. “Almoçar fora é muito vantajoso nas situações em que a pessoa deixa de ter gastos com empregada doméstica. Para quem costumava ter uma funcionária que cozinhava e agora não conta mais com esse custo, comer fora, seja em restaurantes ou pedindo comida, é a melhor opção”, diz. Para a comerciária Rosemeire Cerqueira, almoçar na rua significa praticidade. “Quando comemos em casa, acabamos gastando com tempo, gás, sabão, água, etc. Nos restaurantes, é só chegar e pronto”. Segundo ela, a alta nos preços dos alimentos vendidos em mercados é outro fator que a faz preferir comer fora. “A carne e o feijão estão um absurdo”. Além disso, há as promoções. “Os restaurantes dão descontos para estimular os clientes. Na rua, geralmente, gasto cerca de R$ 20 com um prato de comida e uma bebida, tendo opções e variedades com preços razoáveis”. Segundo Alexandre Guerra, presidente do Instituto Foodservice Brasil, as promoções têm sido o principal atrativo para os clientes nos tempos de crise. “Os restaurantes estão realizando ofertas especiais e oferecendo benefícios, o que incentiva o consumidor a voltar com mais frequência”, fala. “É importante entender o momento de dificuldade e tomar medidas para amenizá-lo”, completa. Conforme pesquisa do instituto, as redes de foodservice – empresas de alimentos que possuem mais de 20 pontos de venda – registraram, em março deste ano, crescimento de receita nominal de 0,5%. Para Guerra, nas famílias em que os membros passam a maior parte do dia fora do lar (por estudo ou trabalho), comer fora é mais prático. “Têm famílias em que todo mundo trabalha, aí não faz sentido cozinhar todo dia, por questão de tempo e custo. Eu acho que o consumidor tem que fazer direito a conta dos preços e escolher o que se encaixa melhor no orçamento”, afirma. O presidente da empresa ressalta ainda que ir a um restaurante é também uma questão cultural. “Essa é uma grande opção de lazer nos finais de semana, uma forma de reunir amigos e familiares. Avaliando as opções e procurando ofertas, dá para gastar sem pesar no bolso”, conclui. Conforme levantamento do Instituto Data Popular, de 2015, a classe média foi quem mais gastou com alimentação no país, dentro e fora de casa. No total, R$ 314 bilhões foram destinados aos gastos com comidas do lar, sendo a classe média responsável por 48% deste valor. Quanto à alimentação fora, R$ 156,5 bilhões foram gastos no total, R$ 70 bilhões pela classe média.
Quentinha e congelado são opções para almoçar no trabalho
Para os consumidores que buscam praticidade na hora de almoçar, o serviço de delivery de quentinhas é uma boa escolha. É por isso que, há seis meses, Marcos da Silva resolveu transformar o seu bar, no Cabula, em um restaurante – o Bistrô de Comida Caseira, com opção de entrega de refeições em domicílio. “Antigamente, éramos um bar que não servia almoço. Mas percebi que o mercado de alimentos é mais forte e resolvi mudar nosso foco”, conta. Três meses depois da reinauguração, Marcos resolveu adotar o serviço delivery. “Percebemos, nos primeiros três meses de atividade, que as pessoas do bairro pediam bastante que a gente oferecesse essa opção, e realmente deu certo. Hoje, entregamos cerca de 30 quentinhas por dia”, diz. A clientela do restaurante é formada por moradores da região e pessoas que trabalham nas redondezas. O prato feito custa R$ 9,90 e a taxa de entrega é de R$ 2,10. O coordenador de qualidade de uma concessionária de veículos Márcio Oliveira é um cliente de quentinhas e explica a preferência por este serviço. “É muito mais fácil pedir que entreguem a comida e continuar fazendo o trabalho. Nessas horas, eu prezo pela praticidade. Preparar uma refeição demanda tempo e coragem”.
Ofertas
No local onde Márcio trabalha, outros cinco colegas também pedem o almoço por telefone. “Temos a opção de pagar no cartão ou em dinheiro, além das ofertas de bebida grátis”, conta. Sócio-proprietário do Bistrot Fitness Salvador, que oferece refeições congeladas e sem conservantes, Hugo Brandão concorda que as quentinhas são boa alternativa para quem tem uma rotina corrida. “As pessoas que trabalham não possuem muito tempo para cozinhar”. Segundo ele, o maior benefício de se oferecer refeições congeladas é a possibilidade de armazená-las por mais tempo. Seus produtos têm validade de 6 meses. Ele afirma, ainda, que as quentinhas que produz (fitness) são voltadas para o público em geral e não só para quem está em dieta. “As refeições são para pessoas que buscam uma alimentação balanceada, sem conservantes e com pouco sódio”. (Correio)