18 de maio de 2016
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Para enfrentar a queda na taxa de natalidade na Itália, o governo do primeiro-ministro Matteo Renzi, de centro-esquerda, estuda dobrar o benefÃcio que prevê contribuições mensais para famÃlias de baixa renda que decidem ter um filho, chamado “bônus bebê”. Em 2015, o paÃs registrou apenas 487,8 mil nascimentos, o menor número da história. Além disso, o total de habitantes sofreu uma queda de 139 mil pessoas, chegando a 60,65 milhões. “Se seguirmos essa tendência, daqui a 10 anos nascerão menos de 350 mil bebês por ano no nosso paÃs, uma redução de 40% em relação a 2010. Seria o apocalipse”, declarou a ministra da Saúde Beatrice Lorenzin, autora da proposta. Apesar de integrar um governo de centro-esquerda, ela é uma das expoentes do partido conservador Nova Centro-Direita (NCD), que dá sustentação a Renzi. Atualmente, as famÃlias têm direito à “bolsa bebê” por cada criança nascida ou adotada entre 1º de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2017, até que complete três anos de idade. As famÃlias com Indicador da Situação Econômica Equivalente (ISEE) de até 25 mil euros anuais (100 mil reais) recebem um benefÃcio de 80 euros mensais (320 reais) por filho. Para aquelas com Ãndice de até 7 mil euros (28 mil reais) por ano, a bolsa é de 160 euros por mês (640 reais). O ISEE é um instrumento criado para avaliar a situação financeira dos italianos, levando em conta renda, patrimônio e caracterÃsticas do núcleo familiar.
Se a proposta de Lorenzin for aceita, os benefÃcios passarão para 160 (640 reais) e 320 euros (1.280 reais) mensais. “Não é a única solução contra a baixa natalidade – ela precisa ser acompanhada de iniciativas para o prestÃgio social da maternidade -, mas poderá ajudar famÃlias menos dispostas [a terem filhos] a enfrentarem os custos”, explicou Lorenzin. (ANSA)