Na sessão da última sexta-feira, 24 de novembro a coordenadora do centro de Referência Especializado em Assistência Social Chico Xavier, Terezinha Janine Caldeira Rocha fez uso da Tribuna Livre da câmara de Vereadores a fim de falar sobre a campanha “16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. A ação é uma mobilização anual, praticada simultaneamente por diversos atores da sociedade civil e poder público engajados nesse enfrentamento. Desde sua primeira edição, em 1991, já conquistou a adesão de cerca de 160 países. A campanha inicia-se no dia 25 de novembro – declarado como o dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres – e finaliza no dia 10 de dezembro – dia Internacional dos Direitos Humanos. No Brasil, a campanha ocorre desde 2003, quando, nos 16 dias de ativismo, são realizadas ações de mobilização, palestras, debates, eventos e encontros e no ano de 2011 em Brumado, com a realização de diversas atividades contra a violação de direitos das mulheres. Os registros de violência praticados contra as mulheres mostram um aumento de mais de 130% em 2017, em comparação com o mesmo período de 2016, de acordo com dados levantados pelo Centro de Referência Especialização de Assistência Social (Creas) Chico Xavier. Terezinha Janine salientou que a violência contra mulheres acontece todos os dias e este ato pode resultar em morte ou ainda em lesão física, sexual ou psicológica, tanto na esfera pública quanto na privada, e números preocupantes vem sendo divulgados. “De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, para o primeiro semestre de 2017, foram registrados 23 casos de feminicídio, 150 casos de homicídios dolosos, 174 casos de tentativa de homicídio, 242 estupros, 7 .582 lesões corporais e 15.207 ameaças. O CREAS de Brumado já atendeu 258 casos de violência doméstica, não significando a realidade, já que existe o medo da denúncia. O ano de 2017 vem sendo considerado como o mais violento contra a mulher, pois nem foram finalizadas as coletas de dados. “Esse fato e muito preocupante, pois sabemos que a maioria dos casos ocorrem no sei da família e as mulheres têm medo ou vergonha de denunciar. Portanto, você que conhece alguém que passa por esse grave problema não tenha medo, denuncie”, pontuou Janine.