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14 de março de 2016
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Crianças não querem que pais compartilhem suas fotos na rede

Imagem Reprodução

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Uma pesquisa inédita das universidades de Washington e Michigan, nos Estados Unidos, revela que crianças e adolescentes estão frustrados e envergonhados com o comportamento de seus pais nas redes sociais. Durante meses, pesquisadores acompanharam 249 famílias com filhos entre 10 e 17 anos. Segundo reportagem do jornal O Globo, o estudo revelou que os jovens se preocupam tanto com questões de igualdade nas regras da família, como com o “oversharing”, prática de compartilhar exageradamente a vida pessoal nas redes. “Antigamente controlar o uso de tecnologia era algo que os pais faziam com facilidade: só desligar a TV ou ficar de olho nas crianças enquanto usavam o único computador da casa. Agora é mais difícil estabelecer limites para a família toda: cada um tem um dispositivo consigo o tempo todo”, diz o pesquisador chefe, Alexis Hiniker. O trabalho também revelou que duas vezes mais crianças do que pais expressam preocupação com membros da família que compartilham informações demais no Facebook. “Muitos deles acham que o conteúdo é embaraçoso e se sentem frustados quando seus pais continuam a postar coisas sobre eles”, diz Sarita Schoenebeck, professora da Escola de Informação da Universidade de Michigan. Comprou-se também que os jovens aceitam com mais facilidade proibições totais de usos de redes do que liberações parciais: eles acham mais fácil serem proibidos de usar o Snapchat do que seguir horários determinados para utilizar. “Ficamos surpresos em descobrir que eles aceitam quando os pais dizem “Não, você não pode ter uma conta no Instagram”, mas não aceitam “você pode ter, mas não vai usar na hora do jantar”. Quando eu era adolescente, acho que ficaria mais feliz se tivesse pelo menos um pouco, mesmo com limites, mas isso parece algo bem difícil para as famílias”, diz Hiniker. Outro ponto revelado é que regras diferentes para pais e filhos não são bem aceitas. Os filhos tendem a obedecer mais se as regras familiares para uso de tecnologia forem decididas em conjunto e se os pais também respeitam.